O que Simone & Simaria, Anitta e Jojo Toddynho têm em comum? Além de serem artistas que lideram o showbiz brasileiro atualmente com seus hits, elas ainda podem render um ótimo show de rock’n’roll. Duvida? Basta ir no YouTube ou Facebook e digitar Breaking Conspiracy para ter a prova. São nos perfis desta banda de Campinas, no interior de São Paulo, que o trio – formado por Cauê Pitorri (vocal e guitarras), Jonathas Peschiera (vocal e baixo) e Gordo Goblin (vocal e bateria) – está virando assunto nas redes sociais com suas versões rock ou metal do cancioneiro pop do Brasil e do mundo.
A banda em ascensão ainda tem números tímidos no YouTube em quatro anos de canal, contabilizando pouco menos de 30 vídeos. No Facebook, porém, a repercussão é maior, com vídeos nativos da página que vão de 4 a 6 milhões de visualizações, sem falar nas reproduções “clandestinas” em outros perfis. O Jornal do Commercio conseguiu contato com os músicos e o vocalista falou um pouco desse sucesso crescente.
“A proposta da banda, desde que a formei com o Jonathas e o Renato, foi fazer arranjo de músicas pop na nossa linguagem rock. Apesar de sempre tocarmos rock, nós gostamos de outros estilos musicais também, inclusive da maioria das músicas que escolhemos para fazer as versões. Então esse conceito de quebrar os preconceitos e paradigmas musicais sempre esteve no nosso objetivo. O ‘Breaking’ do nome vem disso”, explica o vocalista Cauê Pitorri.
Nessa onda de quebrar preconceitos musicais, os arranjos “pesados” para Regime Fechado (Simone & Simaria), Vai Malandra (Anitta) e Que Tiro Foi Esse? (Jojo Todynho) têm sido recebido positivamente nas redes sociais. Artistas como Bruno Mars, Katy Perry, Nego do Borel, Demi Lovato, Taylor Swift e Valesca Popozuda também são alguns que já ganharam releituras da Breaking Conspiracy.
“Nós pegamos músicas que estão em alta na mídia e que enxergamos a possibilidade de um arranjo com a nossa pegada. Após a aprovação comum de qual música fazer, sentamos para fazer o arranjo. Após a construção das ideias vamos para os instrumentos e gravamos todos separadamente”, conta Cauê sobre o processo de criação dos covers.
Mais que pegar carona nos hits do momento, o vocalista da BC garante que eles fazem parte da influência da banda: “Nossas influências variam muito. Vai desde coisas mais modernas como Periphery, Asking Alexandria, Issues e Avenged Sevenfold até bandas mais antigas como Dream Theater, System of a Down e Charlie Brown Jr. Mas somos bem influenciados pelo pop também. Artistas como Bruno Mars, Lady Gaga, Maroon 5 nos inspiram tanto quanto os outros citados”.
Além do reconhecimento do público nas redes sociais, alguns dos artistas homenageados já notaram o trabalho dos paulistas. “O Vitas (cantor russo que virou meme no Brasil) já compartilhou nosso cover. E no Vai Malandra, o Zé Gonzales do Tropkillaz (um dos artistas originalmente participantes da composição dessa música) viu nosso vídeo, nos elogiou, disse que iria mostrar para Anitta e me pediu as faixas separadas para fazer um remix”, relata Cauê.
Porém não é só de covers que quer a viver a Breaking Conspiracy. “Nós temos um som autoral já lançado há dois anos. Foi em uma outra fase da banda, onde estávamos pegando um pouco mais leve. Inclusive na época tínhamos uma outra vocalista. Em um futuro bem próximo lançaremos mais um som autoral, porém com nossa pegada atual”, conta Cauê, que tranquiliza os fãs das releituras. “Não acredito que abriremos mão dos covers. É possível conciliar as duas coisas”, garante.
A banda também sai das redes sociais para apresentar esses covers nos palcos. Mas para o público pernambucano, talvez demore um pouco mais a visita da BC por aqui. “Infelizmente não temos nada marcado para Recife, mas adoraríamos tocar aí! Estamos totalmente à disposição para contratações de shows Brasil e mundo afora”, sugere Cauê.