A Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco (Amanpe) divulgou nesta segunda-feira (8) uma nota sobre a saída do encontro de agremiações da abertura do Carnaval do Recife da sexta-feira da semana pré-carnavalesca, passando para o dia anterior (quinta-feira).
De acordo com a nota assinada pelo presidente Fábio Sotero, a mudança de data, bem como outras decisões sobre o Carnaval "foram construídas coletivamente". Em nenhum momento a carta deixa claro de quem partiu a iniciativa, atribuindo a decisão a um comum acordo com a Prefeitura do Recife.
"Decidimos em consenso com a Secretaria de Cultura do Recife realizar o encontro na quinta-feira (8/2)", segue o texto do documento. Cedendo espaço para o Frevo na Abertura, o órgão diz que não há um ritmo que predomine sobre o outro: "Nenhuma manifestação cultural é mais importante que a outra. Porque o carnaval do Recife é diverso, é plural, é alegria e é união", encerra.
A AMANPE - ASSOCIAÇÃO DOS MARACATUS NAÇÃO DE PERNAMBUCO, gostaria de explicitar algumas questões relativas à mudança na data de apresentação dos maracatus de baque virado no Carnaval do Recife.
A princípio, explicitamos que as decisões sobre o carnaval foram construídas coletivamente. Através de muita luta mobilização e união das nações, as tradições de matriz africana garantiram seu protagonismo.
Reconhecemos que a Secretaria de Cultura do Recife tem essa percepção, o que estimula um movimento de pertencimento e orgulho destas comunidades em relação à sua origem e à sua cultura ancestral.
Em 2018, decidimos em consenso com a Secretaria de Cultura do Recife realizar o encontro batizado de “TUMARACA, ENCONTRO DAS NAÇÕES” na quinta-feira (8) da semana pré-carnavalesca, decisão construída em comum acordo entre as nações.
A quinta será de celebração entre as 13 Nações, e todos os recifenses, visitantes e amantes cultura popular, um grande encontro com nosso povo e nossas tradições.
Na sexta-feira, 9/2, o frevo, cuja origem também remete, entre outras referências, aos movimentos da capoeira, manifestação cultural representativa na cultura pernambucana e da força do povo negro e de sua ancestralidade, será homenageado.
Os ritmos irmãos, frevo e maracatu, embalarão o folião numa festa em que nenhuma manifestação cultural é mais importante que a outra. Porque o carnaval do Recife é diverso, é plural, é alegria e é UNIÃO.
Recife, 08 de janeiro de 2018.
FÁBIO SOTERO
Presidente