Segundo manifesto publicado no jornal francês “Le Monde”, nesta terça-feira (09), os homens devem ser “livres para abordar” mulheres. Em reação ao movimento que surge em Hollywood, com o objetivo de denunciar casos de assédio sexual e machismo, o manifesto afirma que “A violação é um crime. Mas o flirt insistente ou inconveniente não é um delito, nem o galanteio é uma agressão machista”.
A carta, intitulada “Defendemos a Liberdade de Importunar, Indispensável à Liberdade Sexual”, foi assinada por 100 mulheres famosas da França, incluindo a atriz Catherine Deneuve, a alemã Ingrid Caven, e escritoras como Catherine Millet, fundadora e editora da revista Art Press.
A reação se dá a movimentos como #MeToo e Time’s Up, que ganhou visibilidade na edição deste ano dos Globos de Ouro norte-americanos. Segundo os apoiadores do manifesto, a nova “libertação da palavra” força as pessoas a falarem e quem se recursar são vistas como “cúmplices e traidoras”. Eles ainda afirmam que o movimento de denúncias alimenta um retrocesso à “ideia vitoriana de que mulheres eram meras crianças que tinham de ser protegidas”.
O manifesto ainda alega que “As mulheres estão suficientemente conscientes de que o desejo sexual é por natureza selvagem e agressivo” e que sabem “não confundir uma tentativa constrangedora de engatar alguém como um ataque sexual”. Eles ainda concluem dizendo que este feminismo cria um ódio aos homens e à sexualidade.