Menos de cinco meses depois da tentativa fracassada de vender 20 imóveis em vário Estados, o governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira uma lista com 239 endereços que serão colocados à venda. Na relação constam seis imóveis localizados no Recife. Dois deles – apartamentos localizados na Avenida Boa Viagem – já haviam sido listados no ano passado, mas não atraíram nenhum comprador. A venda faz parte das ações para reforçar a arrecadação federal.
Nesta nova tentativa de venda, todo o processo ficará a cargo da Caixa Econômica Federal (CEF), que ainda irá realizar vistorias e avaliar os imóveis de acordo com os preços de mercado e poderá conceder financiamentos aos interessados. Por isso, a publicação não inclui valores atribuídos aos imóveis. Em agosto do ano passado, os 20 imóveis somavam R$ 94,8 milhões.
Um dos apartamentos que o governo Federal tenta novamente vender no Recife é o de número 91 do Edifício Jacarandá (nº 2.170) da Avenida Boa Viagem, área com o metro quadrado mais caro da região. Segundo a publicação do ano passado no DOU, a unidade tem 202 metros quadrados e vale R$ 1 milhão.
O outro apartamento é a cobertura de número 132 do Edifício Coronado (nº 5.152), com 119,5 metros quadrados e avaliado, também segundo a primeira publicação do Diário Oficial, em R$ 654,5 mil. Este último já possuía na primeira tentativa de venda uma dívida de R$ 30 mil de condomínio e taxas extras não pagas.
Os outros endereços que compõem a nova lista estão localizados na área central do Recife. São as lojas 1, 2 e 4 do Edifício Círculo Católico, localizado na Rua do Riachuelo (nº 105), no bairro da Boa Vista. Há ainda uma casa de primeiro andar de número 599 localizada na Rua Jenner de Souza, no Derby.
Em nota, o Ministério do Planejamento, responsável pela publicação no DOU, acredita que “com as novas regras, o que inclui a possibilidade de aquisição por meio de financiamento, além de outras modalidades de captação de recursos disponíveis no mercado, haja interessados nos imóveis disponibilizados”.
Os interessados em adquirir um dos imóveis poderão contar, além de recursos próprios, com empréstimos, financiamentos, cartas de crédito ou “quaisquer outras linhas de crédito obtidas no mercado financeiro”, segundo a pasta. A venda será feita “mediante venda precedida de licitação, na modalidade concorrência”.
As regras que irão definir como será essa concorrência – especificando, por exemplo, se acontecerá por meio de leilão – serão informadas por meio de editais de licitação publicados pela própria CEF.
MELHORIAS - Através desse processo, os bens são entregues na condição em que estão, ou seja, qualquer despesa necessária para usar o imóvel fica a cargo de quem o comprar.
Ainda sem a avaliação da Caixa, o Ministério do Planejamento não divulgou quanto espera arrecadar com a venda dos 239 imóveis listados.
O Distrito Federal concentra o maior número de unidades, são 61, incluindo residências oficiais antes ocupadas pelos ministros da Casa Civil e da Fazenda. Minas Gerais conta com 58 unidades colocadas a venda.
No ano passado, a pasta informou que, para este ano, previa o leilão de 530 imóveis, o que renderia R$ 598 milhões aos cofres da União.