Executivo-chefe de Negócios do Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar), Eduardo Peixoto, acredita que “a inovação de comodidade vai fazer o varejo vender mais, permitindo ao cliente escolher sem muito esforço”. Ele argumenta que a internet das coisas vai mudar a relação entre o varejo e o consumidor num processo que já começou. A implantação de um serviço de geolocalização como o oferecido pela In Loco Media só é possível por causa da comunicação trocada entre os sensores dos Wi-Fi por exemplo. A internet das coisas permite a conexão entre diversos objetos e a troca de informações.
“A internet das coisas vai aumentar a competitividade do varejo físico. A propaganda direcionada vai ficar ainda mais assertiva. Antigamente, o vendedor tinha que conhecer a pessoa. O Facebook e o WhatsApp estão coletando informações que serão usadas em propagandas direcionadas, caso o usuário permita. Vão surgir novas tecnologias indoor (dentro de ambientes fechados). Isso tudo vai fazer o vendedor já saber quem é aquele cliente quando ele entrar na loja, sabendo o que gosta de comprar, quantos filhos tem etc”, revela.
“O maior e-commerce é a Amazon que tem uma loja física em Seattle (no Estado de Washington, nos Estados Unidos). Lá, você faz um cadastro, pega o objeto da sua compra e vai embora. A cobrança da compra é debitada automaticamente no seu cartão. Isso só é possível por causa da internet das coisas”, argumenta.
E complementa: “Essa tecnologia usada pela Amazon pode estreitar as relações entre quem produz e quem consome. Há muitas oportunidades entre o mobile e a internet. A integração da loja física com a online veio para ficar. É muito importante ter um canal único para atender o cliente”, revela.