O governo terá de agilizar o envio da proposta de mudança nas regras de aposentadoria dos militares caso queira evitar resistências à reforma da Previdência no Congresso Nacional, alerta o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO). O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, prometeu encaminhar o projeto de lei em até 30 dias, mas o líder do PSL - partido do presidente Jair Bolsonaro - defende que a equipe econômica "agilize" o envio num prazo de 10 dias.
"Acredito que o governo vai ter que agilizar essa reforma dos militares, vai ter que vir em conjunto para não ficar parecendo que eles vão ter tratamento diferenciado", afirma. "Eu defendo essa mesma tese (de agilizar para não ter resistência). Tem que trazer todos juntos, não podemos tratar de forma separada. Independentemente de o quórum ser menor (para militares), temos que conhecer os dois textos para saber que o tratamento está sendo igualitário."
Waldir conversou com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma em mãos. Ele está analisando o texto - e fazendo anotações - para propor ajustes, mas já adianta que vai trabalhar no recolhimento de assinaturas para apresentar uma emenda que inclua os guardas municipais na regra especial de policiais, que permite aposentadoria com 55 anos. Eles ficaram de fora desse grupo na proposta apresentada na quarta-feira.
"É um lapso que foi cometido", afirma o líder do PSL na Câmara. Ele argumenta que os guardas municipais andam armados e, por isso, precisam de tratamento diferenciado. Waldir diz que o governo ainda está construindo a sua base de apoio, mas assegura que não há fragmentação interna no PSL.