A Granja Comary, em Teresópolis (RJ) recebeu, na manhã deste domingo (2), a visita da Polícia Civil. Os oficiais fizeram uma primeira diligência envolvendo a acusação de estupro contra o atacante Neymar. A ida dos investigadores à concentração da seleção brasileira, porém, não teve relação direta com o Boletim de Ocorrência registrado contra o camisa 10 na última sexta-feira (31), e, sim, com o vídeo postado por ele no fim da noite do último sábado (1).
Os policiais ficaram por poucos minutos no local. Chegaram por volta de 10h30 da manhã, quando Neymar e o restante do elenco não estavam na Granja. O grupo recebeu folga ao meio-dia do sábado. Cerca de meia hora após a saída dos policiais, o atacante desembarcou no local do seu helicóptero.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). A especializada "irá apurar suposta divulgação de vídeo por parte do jogador Neymar. A 110°DP (Teresópolis) já realizou diligências que vão auxiliar nessa investigação". Divulgar imagens íntimas na internet sem consentimento das partes envolvidas é crime, e a pena prevista é de até cinco anos de prisão.
No vídeo publicado nas redes sociais, Neymar começa explicando o caso e lamentando a acusação, a qual nega. "Fui pego de surpresa Foi muito ruim, muito triste escutar isso, porque quem me conhece sabe do meu caráter, da minha índole, sabe que eu jamais faria uma coisa desse tipo", disse o jogador, visivelmente abalado.
Depois, o vídeo prossegue com imagens da suposta conversa do jogador com a vítima. As trocas de mensagem divulgadas por Neymar mostram um flerte entre o jogador e a mulher, com fotos íntimas e declarações dos dois lados. Procurada, a assessoria do atacante ainda não se manifestou sobre a nova investigação da Polícia Civil.