Um dos marcos deste momento positivo do Náutico vivido nos últimos dois anos, é o retorno à sua casa. Ao estádio dos Aflitos. Depois de quase cinco anos, o Timbu retornou em dezembro de 2018 e a torcida abraçou o time. Relação que não chegou a existir com a Arena de Pernambuco. Este processo que envolveu a reforma do Eládio de Barros Carvalho desde 2017, contou com um alvirrubro esteve no pelotão de frente das obras. O presidente da Comissão de Reforma dos Aflitos, Luiz Felipe Figueiredo. Ele participou ativamente do processo e, até então, segue no batente.
“Vi que a reforma nos Aflitos não poderia ser só uma requalificação, tinha que ser agregada com um pouco mais de experiência para ser entregue. Para mim, como alvirrubro, é um prazer enorme estar nesse desafio. A gente fala desde o começo que a reforma dos Aflitos continua. Agora terminamos a primeira temporada, temos diversos aprendizados, e a gente vai para uma nova fase, arrumando a casa”, comentou.
O dirigente tratou de ressaltar que o apoio da torcida foi fundamental para que o estádio voltasse a ser receber jogos. Ações feitas em conjunto com o marketing trouxeram o torcedor para junto do clube e foi um combustível para quem trabalhava na obra.
“Em diversos momentos dessa reforma, nos estimulavam a continuar esse trabalho. Desde o plantio do gramado, em que chamamos o torcedor para vir plantar. Ele veio e colocou os quadrados de grama de forma muito simbólica. Ali a gente viu diversas experiências que eram emocionantes, gente de 90 anos indo plantar, crianças”, acrescentou.
No retorno no amistoso contra o Newell’s Old Boys, foi um dos grandes momentos destacados por Luiz Felipe. Ver o estádio cheio novamente, com o Alvirrubro em campo, o emocionou. “Foi uma sensação de reconhecimento. Foi muito gratificante. O torcedor, por ter participado tanto da obra e quando entrou viu a coisa lá encaminhando, como a gente disse que iria fazer, foi uma forma de reconhecimento. Aquilo serviu de estímulo para que hoje, quase um ano depois, eu esteja muito engajado e motivado para que a gente consiga manter todo os trabalhos para arrumar a casa e executar os trabalhos como planejado”, continuou.
Encabeçar um grande projeto como esse, demanda tempo e abdicação de questões pessoais. Mas se pudesse, o presidente da comissão faria tudo de novo em nome do amor pelo Náutico. “Foi um processo de muita entrega, que só aumentava ao longo da possibilidade da volta, mas foi altamente gratificante. E se pudesse fazer tudo de novo, faria. Porque é um resultado altamente coletivo, e isso vale a pena demais. Não é trabalho de uma pessoa só, é o resultado da união”, concluiu.