Torcidas organizadas serão cadastradas, mas permanecem livres para frequentar estádios de Pernambuco

O objetivo é mapear todos os torcedores, facilitando a identificação em caso de brigas e depredações. Esse cadastro deve começar a ser feito em, no máximo, 60 dias, em parceria entre clubes, polícia e a Secretaria de Esportes
Do JC Online
Publicado em 18/02/2013 às 11:45


Após reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira (18), na sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no Recife, para decidir os rumos para frear a violência desenfreada nas torcidas organizadas, ficou decidido, entre outros pontos, que todos os integrantes das torcidas organizadas de Náutico, Sport e Santa Cruz terão que ser cadastrados pela Secretaria de Esportes do Estado. O objetivo é mapear todos os torcedores, facilitando a identificação em caso de brigas e depredações. Esse cadastro deve começar a ser feito em, no máximo, 60 dias, em parceria entre clubes, polícia e a Secretaria de Esportes. Além do cadastro, ficou decidido que o Pacto Pela Vida, programa de combate à violencia do Governo do Estado, terá uma comissão para monitorar, semanalmente, casos relacionados ao futebol. A ideia é fazer uma vigília de monitoramento permanente e evitar confusões entre os torcedores.

Por enquanto, as torcidas organizadas podem continuar frequentando os estádios normalmente. Entretanto, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, informou que vai tentar, de forma judicial, barrar a entrada desses torcedores nos estádios de Pernambuco.

"Eu suspendi administrativamente no ano passado (na fase final do Campeonato Pernambucano) porque não havia ação judicial. Hoje existe e não tenho mais competência para suspender. Vou buscar de forma legal", afirmou Evandro.

A decisão foi tomada na reunião de hoje, que contou com a participação do procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon; do coordenador dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais de Pernambucano, juiz Ailton Alfredo; do secretário de defesa social, Wilson Damázio; comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Luís Aureliano; do comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Walter Benjamin; do chefe-geral de Polícia Civil, delegado Osvaldo Morais; e do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

Antes do incidente, houve troca de provocações e arremesso de pedras entre os torcedores dos dois times. Na confusão, um dos seguranças que escoltava o ônibus sacou uma arma e efetuou disparos. Um deles atingiu a cabeça de Lucas Lyra.

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