''Não dói o útero e sim a alma'', diz adolescente vítima de estupro coletivo

A menina utilizou as redes sociais para agradecer o apoio que vem recebendo. A polícia já identificou quatro suspeitos de participação no crime
JC Online e ABr
Publicado em 27/05/2016 às 11:42
A menina utilizou as redes sociais para agradecer o apoio que vem recebendo. A polícia já identificou quatro suspeitos de participação no crime Foto: Foto: Reprodução


A adolescente de 16 anos vítima de um estupro coletivo no Rio de Janeiro no final de semana passado utilizou as redes sociais para agradecer as mensagens de apoio que vem recebendo. Ao todo, 33 homens teriam participado do crime.

"Venho comunicar que roubaram meu telefone e obrigada pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal, mas não fui, todas podemos um dia passar e por isso...Não, não dói o útero e sim a alma por existirem pessoas cruéis sendo impunes!! Obrigada ao apoio", desabafou.

A Polícia Civil já identificou quatro homens suspeitos de terem participado do estupro coletivo, no fim de semana passado, no morro São José Operário, em Jacarepaguá. Michel Brazil da Silva, 20 anos, e Marcelo Miranda da Cruz Correa, 18, são suspeitos de divulgar as imagens da menina na internet. O rapaz com quem a vítima teria um relacionamento foi identificado como Lucas Perdomo Duarte Santos, 20, e teria participação direta no estupro. O quarto suspeito é Raphael Assis Duarte Belo, 41, que aparece no vídeo ao lado da garota.

A jovem prestou depoimento à polícia, nessa quinta-feira (26), e disse ter sido drogada e estuprada por diversos homens, após ter ido visitar seu namorado, em uma comunidade do bairro de Jacarepaguá, no último sábado (21). "Quando acordei, tinham 33 caras em cima de mim", disse a menina.

O Ministério Público do Rio (MPRJ), que acompanha o caso, através da 23ª Promotoria de Investigação Penal, informou que a Ouvidoria da instituição já recebeu cerca de 800 denúncias sobre os criminosos e que já encaminhou o material retirado das redes sociais para os órgãos de investigação do crime.

O cidadão que tiver qualquer informação que possa contribuir com a investigação, especificamente endereços dos suspeitos ou novas provas do fato, pode entrar em contato com a Polícia Civil através da Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) pelos telefones (21) 2334-8823, (21) 2334-8835, pelo chat online ou pelo Disque Denúncia 2253-1177.

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