Projetos inovadores auxiliam pessoas com deficiência

De acordo com o professor-orientador da equipe criadora do robô, Dalton Bochelli, a ideia é vender a prestação do serviço e não o robô
ABr
Publicado em 19/10/2016 às 15:30
De acordo com o professor-orientador da equipe criadora do robô, Dalton Bochelli, a ideia é vender a prestação do serviço e não o robô Foto: Foto:Rovena Rosa/Agência Brasil


Um robô acionado por um aplicativo para smartphone e que funciona como guia na locomoção de deficientes visuais, conduzindo o usuário de maneira segura, é um dos projetos apresentados na 10ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps), que começou nesta quarta-feira (19) e termina no dia 21. Os 210 projetos são baseados em conhecimentos adquiridos na sala de aula e têm como objetivo atender as necessidades de pessoas com deficiência e equacionar problemas ambientais, além de mostrar soluções criativas para o cotidiano.

De acordo com o professor-orientador da equipe criadora do robô, Dalton Bochelli, a ideia é vender a prestação do serviço e não o robô. “Eles podem prestar o serviço para empresas como Metro, casa de espetáculo, shopping center, aeroporto, para fornecer acessibilidade aos usuários”, explicou. O projeto consiste em uma bengala com rodinhas e sensores que indicam os obstáculos no caminho. “O portador de deficiência baixaria o aplicativo para o seu celular e assim que ele entra no local o celular vibra avisando que há aquele serviço no local”.

Um dos idealizadores da bengala robô, Otávio Pelegrini Buscarato, aluno de Automação Industrial na Escola Técnica Estadual (ETEC) de Itaquera, explica que a bengala inteligente começa a funcionar quando a pessoa coloca o indicador em um sensor em sua ponta superior. “No caso do Metrô ele consegue seguir as linhas táteis, consegue identificar os locais por meio de um GPS do próprio metrô e por meio da vibração do celular ele identifica onde ele chegou”.

Meio ambiente

Voltado para a economia de água, o vaso sanitário inteligente reduz a água da descarga para 1,5 litro, utilizando pressurização com um jato de ar dentro do vaso sanitário. Segundo o orientador, Raphael Garcia Moreira, a equipe do curso de manutenção industrial da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Osasco, já está com a invenção patenteada e há duas empresas de grande porte interessadas em comercializar o produto, que tem um custo muito baixo para instalação.

“É preciso só trocar a tampa do vaso sanitário. Hoje se a pessoa for usar descarga com vácuo vai ter que trocar tubulação, vaso, fazer uma adaptação trabalhosa e cara na casa. Lembrando que cada pessoa em média dá cinco descargas por dia e em uma residência média de São Paulo há quatro pessoas. As caixas acopladas convencionais mais eficientes usam seis litros de água e com a nossa podemos economizar muito”, defendeu.

Para esta edição da Feteps foram inscritos 1.047 projetos de estudantes, dos quais foram selecionados 156 das Etecs e 39 de Fatecs, além de projetos de estudantes do Amazonas, Chile, Colômbia, México e Peru. No último dia da feira serão premiados os melhores trabalhos em cada categoria, seguindo critérios de inovação, criatividade e apresentação.

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