O governo do Ceará afirmou no início desta noite que ainda não havia a confirmação de óbitos no desabamento de um prédio residencial de sete andares, em Fortaleza, na manhã desta terça-feira, 15. Ao menos nove pessoas ficaram feridas. Pela manhã, o Corpo de Bombeiros havia informado uma morte na tragédia. Não foi explicado o motivo do desencontro de informações.
Questionado sobre o recuo, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), disse que "por isso, está centralizando as informações na pessoa do coronel (Luís Eduardo) Holanda". Ainda conforme Santana, "um trabalho rigoroso está sendo feito para identificar as causas" do problema. Ainda de acordo com a administração estadual, nove pessoas foram resgatadas com vida. Outras nove, também segundo o governo, estão sob os escombros. Os bombeiros afirmaram não haver risco para os prédios próximos.
O prédio caiu por volta de 10h15. Das vítimas já resgatadas, duas teriam conseguido telefonar para parentes, mesmo sob os escombros. Três feridos resgatados foram encaminhados para o Instituto Doutor José Frota (IJF): Cleide Maria da Cruz Carvalho, de 60 anos; Maria Antônia Peixoto, de 72 anos; e Gilson Moreira Gomes, de 53 anos. Eles passam por exames.
"A Defesa Civil está coordenando o isolamento do entorno, mas o desabamento desse prédio não oferece risco aos edifícios vizinhos. Estamos esvaziando o entorno, mas mais por uma questão de segurança", afirmou o coronel Clayton Bezerra, comandante da operação. "A situação é difícil e requer cuidados, porque o restante do prédio ainda pode vir a colapsar. Ainda há bolsões que inspiram cuidados. É uma operação lenta e deve se estender durante todo o dia de hoje."
Ele também disse que não há risco de incêndios ou de explosões e que não foi detectado vazamento de gás. De acordo com Bezerra, a manutenção em uma das colunas do prédio pode ter levado ao desabamento. Cães farejadores trabalham no resgate dos soterrados.