Combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executaram em público nesta sexta-feira no norte do Iraque dois jovens homens acusados de ter colaborado com as forças iraquianas, segundo autoridades e testemunhas. Os dois foram mortos a tiros em um grande mercado muito frequentado na região de Zab, na província de Kirkuk.
O EI, que assumiu o controle de vastos territórios no Iraque e na Síria, é responsável por numerosas atrocidades, incluindo decapitações, crucificações, estupros e escravidão, nas áreas sob seu controle. A ONU acusa o grupo de crimes contra a Humanidade.
O grupo extremista sunita também decapitou cinco reféns ocidentais. Todos esses assassinatos foram reivindicados em vídeos que chocaram a comunidade internacional. O último, divulgado no domingo, mostrava a decapitação de 18 soldados sírios, além da cabeça decepada de Peter Kassig, um trabalhador humanitário americano que o grupo sequestrou em 2013 na Síria.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o EI executou mais de 1.400 pessoas na Síria desde a proclamação no final de junho de um "califado" nas localidades sob seu domínio. Quase 900 vítimas eram civis, destes 700 da tribo Shaitat, que se revoltou contra o EI no leste sírio.
As execuções são destinadas a "aterrorizar os civis e os grupos que decidem lutar contra" o EI, e "atrair novos jihadistas", segundo o OSDH. No oeste do Iraque, o EI executou mais de 250 membros da tribo sunita Albunimer, igualmente hostil a este grupo.