Espanha estaria investigando passagem do jihadista Coulibaly por Madri

Amedy Coulibaly, de 32 anos e delinquente reincidente, morreu na sexta-feira passada no conflito com policiais durante o ataque em um supermercado no leste de Paris, onde manteve reféns
Da AFP
Publicado em 15/01/2015 às 12:25
Amedy Coulibaly, de 32 anos e delinquente reincidente, morreu na sexta-feira passada no conflito com policiais durante o ataque em um supermercado no leste de Paris, onde manteve reféns Foto: Foto: OFF TV / AFP


Um dos três autores dos ataques de Paris, Amedy Coulibaly, passou três dias em Madri entre 30 de dezembro e 2 de janeiro, afirma um jornal espanhol, acrescentandoo que as autoridades investigam a existência de uma célula de apoio neste país.

Amedy Coulibaly, suspeito de ter matado um policial em 8 de janeiro, e depois de um sangrento sequestro de reféns em um supermercado judeu de Paris, onde matou quatro pessoas, esteve em Madri de 30 de dezembro a 2 de janeiro, acompanhado de um indivíduo que não foi identificado, afirmou o jornal catalão La Vanguardia. 

Já se sabia que sua companheira Hayat Boumeddine havia passado por Madri, mas sua eventual estada de quase três dias com ela na capital seria um elemento novo. 

Segundo as autoridades turcas, a jovem chegou a Istambul procedente de Madri e teria entrado na Síria em 8 de janeiro, afirmou La Vanguardia.

Os serviços antiterroristas espanhóis investigam com seus colegas franceses as atividades de Coulibaly na Espanha com o objetivo de determinar se existe uma célula de apoio no país.

Segundo as autoridades espanholas, cerca de 70 combatentes islamitas que viajaram às zonas de conflito a partir da Espanha voltaram ao país em 2014. 

O ministro do Interior, Jorge Fenández Díaz, declarou recentemente durante uma entrevista que outros 12 voltaram à Espanha desde princípios de 2015. 

Amedy Coulibaly, de 32 anos e delinquente reincidente, morreu na sexta-feira passada no conflito com policiais durante o ataque em um supermercado no leste de Paris, onde manteve reféns.

Segundo disse, atuou em coordenação com Said e Cherif Kouachi, que mataram na quarta-feira doze pessoas no atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo em Paris.

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