Protesto em Caracas marca 1 ano da prisão de líder opositor

Os manifestantes exigiram a renúncia do presidente Nicolás Maduro
Folhapress
Publicado em 18/02/2015 às 22:28
Os manifestantes exigiram a renúncia do presidente Nicolás Maduro Foto: Foto: JUAN BARRETO / AFP


Cerca de 300 pessoas se reuniram na manhã desta quarta-feira (18) em Caracas para lembrar o primeiro aniversário da detenção do líder opositor venezuelano Leopoldo López.

Os manifestantes exigiram a libertação de López e a renúncia do presidente Nicolás Maduro, a quem acusam de comandar uma ditadura e de ser incapaz de reverter a grave crise econômica no país.

A homenagem ocorreu na mesma praça onde López se entregou à Justiça em 18 de fevereiro de 2014.

Ele é acusado de ter instigado os protestos antigoverno que deixaram 43 mortos e estremeceram várias cidades da Venezuela no primeiro semestre daquele ano.

Atendendo a pedido da família, os simpatizantes foram à celebração usando branco, a exemplo da cor que López trajava quando se entregou.

A mulher de López, Lilian Tintori, agradeceu o apoio recebido e fez um apelo para que sejam lembradas as dezenas de outras pessoas, estudantes principalmente, presas por incitar protestos violentos e por supostamente depredar patrimônio público, entre outras acusações.

Tintori também defendeu os policiais presos por suposto envolvimento no golpe de Estado de 2002, que derrubou durante três dias o então presidente Hugo Chávez, antecessor e aliado de Maduro.

"Há cem presos políticos no país, incluindo policiais acusados pelos fatos de 11 de abril [de 2002], e vamos liberar todos. É um compromisso de vida e de alma", disse.

Tintori ressaltou, porém, que López não defende um novo golpe de Estado.

O pai de López, que também se chama Leopoldo López, disse que seu filho está em "excelentes condições físicas e psicológicas."

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