A carta das autoridades gregas pedindo uma extensão do acordo de assistência financeira à zona do euro é um sinal positivo e abre caminho para um compromisso", afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, citado por seu porta-voz.
"Juncker teve inúmeros contatos e vê sinais positivos na carta de Atenas, que abre caminho para um compromisso razoável", indicou o porta-voz Margaritis Schinas em coletiva de imprensa.
O ministério das Finanças alemão, no entanto, rejeitou a proposta grega.
"A proposta da Grécia não representa uma solução substancial, nem responde aos critérios fixados pela zona do euro", afirmou o porta-voz Martin Jäger, em um breve comunicado.
O governo grego propôs à Bruxelas uma extensão de seis meses do acordo de empréstimo europeu, que não inclui a prorrogação do memorando em curso, sinônimo para austeridade, mas promete um equilíbrio orçamentário, indicou uma fonte governamental.
O governo de Alexis Tsipras, "em linha com suas promessas, não pediu a extensão do memorando", programa de ajuda em vigor desde 2010 em troca de duras medidas de austeridade, e sim uma ampliação do "acordo de empréstimo" europeu via um "acordo-ponte de seis meses, durante os quais se compromete com um equilíbrio orçamentário", informou a fonte.
Ao mesmo tempo, a proposta de Atenas garante a seus sócios europeus "reformas imediatas contra a evasão fiscal e a corrupção e, paralelamente, medidas para fazer frente à crise humanitária e reativar a economia".
Este acordo tem como objetivo dar mais tempo ao Executivo grego para apresentar à zona do euro "um novo contrato para a reativação e o crescimento no período 2015-2019, que inclui um plano de "redução da dívida, como prevê a decisão de 2012 dos ministros das Finanças europeus", acrescenta a fonte.
O conjunto deste pedido foi enviado nesta quinta ao presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.