O Conselho de Segurança das Nações Unidas reafirmou nesta segunda-feira (20) seu pedido de "livre acesso humanitário" ao campo de refugiados palestinos de Yarmuk, na região de Damasco, assediado pelo Exército sírio e por grupos armados jihadistas.
Em declaração aprovada após consultas, os 15 países do Conselho exigiram "que todas as partes cessem seus ataques contra os civis, em particular os bombardeios aéreos", e que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e da Frente al-Nosra "se retirem imediatamente" do campo.
O Conselho destaca "a necessidade de se apoiar os esforços para socorrer os civis em Yarmuk, respondendo em particular à demanda de 30 milhões de dólares" lançada pela UNRWA, a agência da ONU dedicada à ajuda aos refugiados palestinos.
O diretor da UNRWA, Pierre Krähenbühl, que se dirigiu ao Conselho por videoconferência, disse que a "situação humanitária em Yarmuk permanece muito difícil".
Krähenbühl destacou que o pedido de 30 milhões de dólares segue sem resposta e revelou que a única contribuição partiu da Liga Árabe.
O acesso direto da UNRWA ao campo "é muito limitado", mas a agência se esforça em entregar mantimentos aos habitantes do campo que conseguiram fugir e se instalar nos bairros vizinhos, o que representa um progresso.
Ao menos 18 mil civis palestinos e sírios estão retidos em Yarmuk, no subúrbio sul de Damasco, em meio aos combates entre grupos palestinos e jihadistas e os ataques da aviação do regime.