Presidente turco denuncia o 'vírus' Estado Islâmico

Turquia tem sido frequentemente criticada nos últimos meses por não se envolver o suficiente na luta contra os jihadistas, que ocupam grande parte dos territórios sírio e iraquiano
Da AFP
Publicado em 22/04/2015 às 17:28
Turquia tem sido frequentemente criticada nos últimos meses por não se envolver o suficiente na luta contra os jihadistas, que ocupam grande parte dos territórios sírio e iraquiano Foto: Foto: AFP


O presidente turco islâmico e conservador Recep Tayyip Erdogan denunciou nesta quarta-feira as ações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, chamando-o de "vírus" destrutivo para a comunidade muçulmana.

"O Daesh (acrônimo árabe de EI) é um vírus destinado a dividir e destruir a Ummah (comunidade muçulmana)", disse Erdogan em uma coletiva de imprensa conjunta com o seu colega iraquiano Fuad Massum.

A Turquia tem sido frequentemente criticada nos últimos meses por não se envolver o suficiente na luta contra os jihadistas, que ocupam grande parte dos territórios sírio e iraquiano ao longo de sua fronteira sul.

"Uma estratégia internacional é essencial para erradicar este movimento. Mesmo se conseguirmos destruir o Daesh, aparecerá outro grupo com outro nome", disse o chefe do Estado turco. "De onde vem as armas, os seus meios? Temos de nos concentrar nisso", insistiu.

O regime turco tem sido repetidamente acusado de apoiar os grupos rebeldes mais radicais hostis ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, seu inimigo, incluindo o grupo Estado Islâmico. Ancara nega as acusações.

Sob a pressão das críticas de seus aliados ocidentais, a Turquia reforçou recentemente os controles nas fronteiras para tentar diminuir o fluxo de combatentes estrangeiros, sobretudo europeus, que tentam se juntar aos grupos jihadistas passando por seu território.

Seu ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, disse na terça-feira, durante uma visita aos Estados Unidos, que o seu país tinha colocado em sua lista de proibição de entrada em seu território um total de 12.800 pessoas suspeitas de querer se juntar às fileiras do EI.

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