O Supremo Tribunal espanhol anunciou nesta sexta-feira (5) sua decisão de manter em prisão preventiva o ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras, preso há dois meses acusado de rebelião e sedição por ser um dos líderes do processo de separação desta região.
Junqueras, reeleito deputado regional nas eleições antecipadas de 21 de dezembro, havia apelado da decisão do juiz instrutor de mantê-lo preso, mas o tribunal rejeitou seu recurso porque "existe um risco relevante de reiteração delitiva", anunciou em um comunicado.
Como vice-presidente regional, foi encarregado de preparar o referendo de autoderminação institucional de 1o. de outubro e também de criar uma administração fiscal independente.
O advogado do líder separatista pediu sua liberdade para que possa exercer seus direitos políticos como deputado eleito.
Dias depois da proclamação de uma "República Catalã", votada pelo parlamento regional em 27 de outubro, o governo regional presidido por Carles Puigdemont foi acusado de rebelião e sedição por participar no processo de separatismo unilateral da Catalunha em relação à Espanha.
Puigdemont e outros quatro colegas escaparam da ação da justiça porque foram para Bélgica, mas Junqueras e demais integrantes do governo foram presos em 2 de novembro.
No início de dezembro, quase todos foram liberados pela justiça.
A decisão do Supremo tem implicações políticas em plenas negociações dos partidos independentistas para formar governo depois de ter objetivo a maioria absoluta do parlamento regional nas eleições de 21 de dezembro.