Um novo relatório dos republicanos no Senado apresentado nesta quarta-feira (7) argumenta que o FBI está posicionado contra o presidente Donald Trump, aumentando a pressão sobre a agência, enquanto a Casa Branca luta contra a crescente investigação de conluio com a Rússia.
O texto dos republicanos no Comitê de Segurança Nacional do Senado assegura que cerca de 50.000 mensagens de texto entre dois investigadores do FBI mostram que estes e outros foram flexíveis em uma indagação sobre a candidata democrata às eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton, enquanto lançavam uma investigação sobre a campanha de Trump.
"AS NOVAS MENSAGENS DO FBI SÃO BOMBAS!", tuitou Trump na quarta-feira de manhã após a publicação do relatório.
O texto dos republicanos diz que as mensagens pessoais entre o agente do FBI Peter Strzok e a advogada Lisa Page sugerem uma parcialidade em relação a Hillary, que influenciou a investigação sobre o uso de informação confidencial de um servidor privado de e-mail quando ela era secretária de Estado.
O relatório acrescenta, além disso, que suas mensagens aumentam a questão de se "qualquer animosidade pessoal e/ou parcialidade política influenciou as ações do FBI em relação ao presidente Trump".
O texto chega em um momento em que a Casa Branca negocia a possibilidade de que o presidente seja interrogado por Robert Mueller, o procurador especial que investiga o possível conluio da campanha de Trump com a Rússia nas eleições de 2016.
Mueller, que é ex-diretor do FBI, investiga se Trump tentou obstruir seu trabalho, um ato criminoso que poderia pôr em risco sua presidência.
O comitê de segurança publicou 500 páginas de mensagens entre Strzok e Page, quando eles mantinham uma relação sentimental e trabalhavam nas investigações de Clinton e Trump.
Muitas das mensagens são sobre temas trabalhistas, mas também mostram como os dois fazem comentários depreciativos sobre Trump, antes e depois das eleições.
Isto reforça as alegações dos republicanos de que a decisão de 5 de julho de 2016 do então diretor do FBI, James Comey, de não acusar Clinton havia sido tomada inclusive antes de interrogá-la.