Em um telefonema nesta segunda-feira (14), o presidente francês, Emmanuel Macron, insistiu com seu colega Donald Trump, na "necessidade absoluta de impedir um ressurgimento" do Estado Islâmico (EI), em meio à operação turca contra os curdos e à retirada dos americanos do norte da Síria.
Macron também conversou sobre os mesmos temas com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e com o iraquiano, Barham Saleh, informou a assessoria do Palácio Eliseu.
Os Estados Unidos anunciaram que os cerca de mil soldados há anos estacionados no norte sírio para apoiar os curdos contra o EI receberam a ordem de deixar o país.
A França e outros países europeus temem que vários membros do EI detidos pelos curdos consigam fugir, durante a ofensiva, e que o grupo extremista aproveite o caos de segurança para voltar a se recompor no terreno.
A conversa entre Macron e Erdogan "confirmou uma profunda diferença de pontos de vista sobre as previsíveis consequências da ofensiva turca no nordeste sírio", indicou a mesma fonte.
Em 9 de outubro, Ancara lançou uma operação militar no norte da Síria contra a milícia curda síria Unidades de Proteção Popular (YPGs), aliada do Ocidente na luta antijihadista.
A conversa entre os presidentes francês e iraquiano tratou, sobretudo, "dos riscos no aspecto humanitário e de segurança da situação atual".