Pernambuco tem dez mortes por arboviroses confirmadas neste ano – nove por dengue, uma por chicungunha – e outros 45 óbitos notificados estão sendo investigados. São números preocupantes que explicam a atenção redobrada da Secretaria de Saúde do Estado e a convocação do Ministério da Saúde para que a população continue de forma permanente mobilizada para combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. O alerta tem a ver, inclusive, com período do verão, mais propício à proliferação do Aedes aegypti, época de maior risco de infecção por essas doenças. No entanto, a recomendação do Ministério é não descuidar nenhum dia do ano e manter todas as posturas possíveis em ação para prevenir focos.
O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo mosquito transmissor, em setembro, demonstrou que o Recife está em situação de alerta. O índice funciona como um termômetro para identificar como está o risco de surto de dengue, chicungunha e zika. Na cidade estão com índice elevado, maior do que 4% (indica um risco muito alto de surto), os bairros de Água Fria, Campina do Barreto, Dois Unidos, Estância, Brejo de Beberibe, Nova Descoberta, Cohab e Jordão – que tem o maior índice, de 6,4% (a cada 100 imóveis, algum tipo de criadouro foi encontrado em 6,4% deles). O outro município da Região Metropolitana do Recife que tem morte confirmada por arboviroses é Jaboatão dos Guararapes, onde faleceu um homem de 44 anos em julho deste ano. Outras quatro cidades da relação de óbitos estão no Agreste: Bom Conselho, Buíque, Cupira e Panelas. O único município do Sertão onde foi confirmada morte por arbovirose é Petrolina.
As “posturas possíveis” recomendadas pelo Ministério da Saúde parecem ser muitas, mas todas estão ao alcance de qualquer pessoa, em qualquer das áreas identificadas, como manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água; lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana; trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; fazer sempre manutenção de piscinas; tampar ralos; colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento; não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas; vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente; limpar sempre a bandeja do ar condicionado; lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água; catar sacos plásticos e lixo do quintal.