Governo não tem como baixar o preço do diesel, afirma Dilma

A presidente não detalhou quais medidas o governo vai oferecer aos caminhoneiros em rodada de negociações que está prevista para ocorrer nesta tarde, em Brasília
Da Folhapress
Publicado em 25/02/2015 às 15:36
A presidente não detalhou quais medidas o governo vai oferecer aos caminhoneiros em rodada de negociações que está prevista para ocorrer nesta tarde, em Brasília Foto: Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP


Em meio à maior crise que enfrenta desde o início de seu governo, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (25), em Feira de Santana (BA), que não é possível reduzir o preço do diesel, uma das principais reivindicações dos caminhoneiros que bloqueiam estradas em ao menos 12 Estados, provocando o desabastecimento em várias regiões do país.

"O governo não tem como baixar o preço do diesel", disse. Segundo a presidente, o governo não elevou o preço do combustível, mas apenas recompôs o valor da Cide (tributo regulador do preço de combustíveis). "O que fizemos foi recompor a Cide. E não elevamos uma vírgula o preço dos combustíveis e nem abaixamos", afirmou.

A presidente não detalhou quais medidas o governo vai oferecer aos caminhoneiros em rodada de negociações que está prevista para ocorrer nesta tarde, em Brasília.

Os caminhoneiros, que fazem protestos pelo país desde a semana passada, pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte de Dilma, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho -a categoria quer a liberação de mais horas trabalhadas por dia para aumentar os ganhos.

O governo teve dificuldades nos últimos dias para resolver o problema porque não conseguia identificar líderes que respondessem por todo o conjunto de manifestantes.

Responsáveis, em média, por 58% do transporte de mercadorias no país, segundo o Ministério dos Transportes, os caminhões têm participação ainda mais alta em setores como o de grãos.

Nesta quarta (25), o número de rodovias federais com trechos interditados pela paralisação caiu. São 99 pontos na manhã desta quarta (25), ante 115 registrados na noite de terça (24), segundo a Polícia Rodoviária Federal.

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