Brasil constrói novo ciclo de expansão do crescimento, diz Dilma nos EUA

A presidente informou que, para ampliar a produtividade da economia brasileira, é preciso aumentar a taxa de investimento do país
Da ABr
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Publicado em 29/06/2015 às 17:12
A presidente informou que, para ampliar a produtividade da economia brasileira, é preciso aumentar a taxa de investimento do país Foto: Foto: Roberto Stuckert Filho / PR


Em viagem aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (29) que o Brasil está em fase de construção de um novo ciclo de expansão do crescimento. Segundo ela, fazem parte dessa estratégia a adoção de medidas para controle da inflação, a busca por equilíbrio fiscal e o aumento da produtividade da economia.

Em Nova York, durante discurso no encerramento do Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil, a presidenta disse que, com mais produtividade, salários e lucros serão maiores e poderão crescer sem pressionar a inflação.

“Com mais produtividade, a arrecadação pública também crescerá mais rapidamente sem aumento da carga tributária. Vamos também crescer mais e ter melhores empregos”, acrescentou.

Discursando para uma plateia de empresários, Dilma Rousseff convidou os investidores a participarem do novo plano de concessões em infraestrutura lançado este mês no Brasil. O plano concederá à iniciativa privada projetos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

A presidente informou que, para ampliar a produtividade da economia brasileira, é preciso aumentar a taxa de investimento do país, principalmente em infraestrutura. Dilma fez um balanço da expansão de ferrovias e rodoviais no Brasil, explicando que, de 2000 a 2014, a produção  brasileira de grãos cresceu 129,4% e a frota de veículos aumentou 184,6%.

Segundo Dilma Rousseff, esses números transmitem uma mensagem alta e clara para os investidores: a demanda por investimentos em infraestrutura no Brasil. Esclareceu que eles também representam uma mensagem alta e clara para o governo, sobretudo em períodos de maior restrição fiscal como o de hoje.

"É preciso transformar demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado", destacou. A presidenta disse ainda que sua viagem e seu encontro com os empresários são parte desse processo de ampliar projetos e atrair investimentos em infraestrutura para o Brasil.

Entre as semelhanças que aproximam os dois países, Dilma lembrou a posição de grandes mercados consumidores, o fato de serem economias de mercado e a tradição de transparência e respeito a contratos. No discurso, a presidenta afirmou que o governo dará continuidade às políticas de redução da desigualdade, que tiraram da miséria milhões de brasileiros e que permitiram construir um país de classe média, com melhores serviços públicos.

Nos Estados Unidos desde sábado (27), Dilma se encontra nesta noite e amanhã (30) com o presidente Barack Obama. Antes do discurso, ela havia se reunido com investidores do setor financeiro e empresários do setor produtivo. A presidenta disse ter "certeza de que é possível ampliar muito mais" a cooperação entre dois países e que pretende trabalhar com Obama durante os encontros nessa linha.

"Quero registrar o interesse em ampliar e desenvolver cada vez mais nossas relações tanto no comércio quanto nos investimentos. Os Estados Unidos são parceiros fundamentais do Brasil", concluiu.

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