Militares, servidores estaduais e municipais serão incluídos na reforma, afirma Guedes

Proposta para a reforma da Previdência que será enviada ao Congresso em fevereiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 30/01/2019 às 21:58
Proposta para a reforma da Previdência que será enviada ao Congresso em fevereiro Foto: Foto: AFP


Após reunião com prefeitos de vários municípios do Brasil com o ministro da Economia, Paulo Guedes; e do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, com cinco governadores, nesta quarta-feira (30), foi informado à imprensa que o texto da reforma da Previdência que o governo enviará ao Congresso, ainda em fevereiro, deverá incluir mudanças nas regras de aposentadoria e pensões do INSS dos servidores civis e militares. Além deste ponto batido, Guedes também confirmou que haverá a fixação de uma idade mínima para se aposentar no Brasil, com diferença para homens e mulheres.

Mais cedo, foi a vez do vice-presidente Hamilton Mourão afirmar à imprensa que a proposta da reforma da Previdência, ao contrário do que se havia especulado anteriormente, incluirá sim os militares. Questionado sobre se o envio dos dois textos seria simultâneo, contudo, ele afirmou não saber. "O presidente decide", disse. 

Atualmente, há duas formas de se aposentar. Por idade, com a exigência de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de contribuição. Ou por tempo de contribuição – quando não se exige idade mínima – mas são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de pagamentos ao INSS. A reforma que está pronta para ser votada na Câmara institui a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres e acaba com a possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição. Essas idades, no entanto, só seriam fixadas depois de uma transição de 20 anos.

A frente nacional dos prefeitos (FNP) se comprometeu a apoiar a reforma da Previdência desde a proposta contemple o funcionalismo municipal. A mesma exigência tem sido feita pelos governadores como contrapartida à mobilização que prometem fazer com os deputados.

Bolsonaro

Mourão contou que pretendia visitar o presidente Jair Bolsonaro, internado no hospital Albert Einstein em São Paulo, na sexta-feira (1º). Mas disse que a família pediu que ele fosse somente na próxima semana. Bolsonaro passou por uma cirurgia nessa segunda-feira (28) para a retirada de uma bolsa de colostomia. Ele reassumiu a Presidência da República nesta manhã de quarta, mas está despachando do hospital. 

Agenda

Mourão se reuniu com o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, nesta tarde. O encontro não estava previsto em sua agenda oficial. De acordo com ele, os dois trataram apenas sobre processos de nomeações nos Estados. O vice-presidente não detalhou que tipos de nomeações foram discutidas. Questionado como elas seriam feitas afirmou que serão "tudo, menos um balcão de negócios".

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