Atualizada às 13h36
O Conselho de Ética do PSB se reuniu na manhã desta segunda-feira (15) e decidiu abrir processo contra os parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência. Agora, a decisão deve aguardar a votação do 2º turno na Câmara Federal. Dos 32 deputados da bancada que fechou questão contra a matéria, 11 foram favoráveis. Entre os apoiadores está o único pernambucano que votou a favor, o deputado Felipe Carreras (PSB).
O código de ética do PSB estabelece que o parlamentar filiado que descumprir as decisões tomadas democraticamente nos congressos do partido estará sujeito a medidas disciplinares que vão de "advertência, censura pública, suspensão por doze meses, cancelamento da filiação até a expulsão" da sigla.
O conselho socialista é composto de três membros titulares e três membros suplentes. O presidente do colegiado é o filiado Alexandre Navarro Garcia e os outros dois titulares são Rafael de Alencar Araripe Carneiro e Tadeu Sávio Souza de Lira.
No último sábado (13), o PSB anunciou que seis segmentos sociais haviam entregue ao presidente do partido, Carlos Siqueira, pedidos para que os dissidentes sofressem punições. Agora, as seis demandas foram encaminhadas para o Conselho de Ética.
Segundo o PSB, a representação foi entregue pelos secretários nacionais de Mulheres, Dora Pires, e de Sindicalismo, Joilson Cardoso, e por Israel Rocha, da Juventude Socialista. Além disso, o documento foi assinado pelos secretários nacionais Acilino Ribeiro (Movimento Popular Socialista), Tathiane Araújo (LGBT Socialista), Tony Sechi (Juventude Socialista Brasileira), Valneide Nascimento (Negritude Socialista Brasileira), Dora Pires (Secretária Nacional de Mulheres) e Joilson Cardoso (Sindicalismo Socialista Brasileiro).
Caso o Conselho de Ética acate os pedidos de punição realizados pelos segmentos sociais, será aberto um processo e os parlamentares serão notificados. Em seguida, cada um dos deputados será chamado a se manifestar. Por fim, a palavra final será do Diretório Nacional do PSB.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, é o vice-presidente do partido. Na última quinta-feira (12) ele chegou a afirmar que é preciso uma conversa com os dissidentes antes que haja possíveis punições.
"Não pode haver nenhum tipo de ação contra deputados que descumpriram a decisão do partido sem ter também a convocação do diretório nacional, da discussão, do prazo", disse o gestor.