O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) publicou em suas redes sociais um vídeo no qual alega ter acessado o arquivo de ligações realizadas na portaria de seu condomínio no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi assassinada. De acordo com a gravação postada por ele, a ligação das 17h13, citada pela reportagem do Jornal Nacional, foi realizada para a casa de número 65 e não para a 58, casa de Jair Bolsonaro. O vereador informou que teve acesso às gravações por ser morador do condomínio e que isso "não teria problema", mas reafirmou que as investigações correm sob segredo de Justiça.
A Globo, sabendo dos fatos e podendo esclarecê-los, preferiu levantar suspeitas contra o Presidente e alimentar narrativas criminosas. Um simples acesso aos registros internos do Condomínio mostra que no dia 14/03/2018 NENHUMA solicitação de entrada foi feita para a casa 58. pic.twitter.com/2nyFYqcwRk— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) October 30, 2019
Em uma reportagem exibida na noite desta terça-feira (29) o Jornal Nacional, da TV Globo, afirmou ter acessado o depoimento de um porteiro do condomínio onde moram Carlos Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle. O funcionário estava de plantão na data em que a vereadora foi assassinada e afirmou à polícia que Elcio Queiroz, motorista que dirigia o carro de onde Lessa disparou os tiros, foi ao local após ter sua entrada autorizada por alguém da casa 58, a quem identificou como o "seu Jair".
Após a publicação do vídeo, o vereador foi questionado por internautas sobre ligações, que aparecem no vídeo, para a casa do presidente e para sua própria casa. Atendendo pedidos, ele reproduziu as duas chamadas. Confira os áudios: