A menção ao presidente Jair Bolsonaro no caso Marielle foi arquivada pela Procuradoria-Geral da República, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O procurador-geral, Augusto Aras, afirmou à Folha que o Supremo Tribunal Federal e a PGR já arquivaram uma notícia de fato, enviada ao STF pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que informava sobre a existência da menção ao nome de Jair Bolsonaro (PSL) na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.
Uma reportagem do Jornal Nacional, exibida na última terça-feira (29), mostrou que o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Queiroz Gomes, chegou ao condomínio onde mora o presidente Jair Bolsonaro no dia em que Marielle Franco foi morta e disse que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal.
Segundo o depoimento do porteiro à Polícia Civil do Rio de Janeiro, o suspeito pediu para ir na casa de Bolsonaro e um homem com a mesma voz do presidente teria atendido o interfone e autorizado a entrada. O acusado, no entanto, teria ido em outra casa dentro do condomínio.
O porteiro disse que acompanhou a movimentação do carro nas câmeras de segurança e viu que, ao entrar no condomínio, Élcio foi à casa 66. Lá morava Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato. Segundo o Ministério Público, Élcio dirigiu o Cobalt prata usado na emboscada contra a vereadora e Lessa seria o autor dos disparos. Os dois estão presos desde março.