De passagem por Pernambuco nesta terça-feira (12), o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, reforçou que o governo federal está mais perto de repassar a Pernambuco a área da Força Aérea Brasileira (FAB) localizada no Aeroporto Internacional do Recife. O governo estadual quer o terreno para tentar captar a instalação do hub do grupo Latam (formado pela chilena LAN e pela TAM).
De acordo com integrantes da gestão Paulo Câmara (PSB), o maior entrave para a conquista do projeto é a oferta de uma área maior dentro do aeroporto e a posse do espaço hoje pertencente à FAB daria fim ao problema. "Pernambuco pretende acolher essa obra de infraestrutura e logística da Latam e para isso precisava obter uma área nossa da Aeronáutica aqui no Recife. Nós já concluímos os estudos e é possível fazer a cessão da área mediante algumas contrapartidas. Os estudos são favoráveis à cessão da área", disse.
A última resposta oficial do Ministério da Defesa sobre a liberação do terreno havia sido em outubro de 2015 quando a pasta informou que, junto com a Aeronáutica, teria "teria toda a disposição de examinar a proposta do Governo de Pernambuco de cessão da área". Na ocasião, o ministério também divulgou que "a decisão ainda precisa ser submetida à análise de órgãos competentes ligatos tanto ao comando da Aeronáutica quanto ao patrimônio da União".
PROJETOS - Aldo Rebelo também falou sobre o apoio das Forças Armadas ao combate contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre amarela, chicungunha e zika. "Nós temos mobiizado mais de dois mil militares aqui no Nordeste, quase 800 aqui em Pernambuco. É o maior contigente, um contigente de apoio porque a coordenação e a responsabilidade das ações é do Ministério da Saúde", destacou.
Sobre as ações contra a seca, Aldo Rebelo afirmou que os recursos destinados à aquisição de carros-pipa para o semi-árido mais do que dobraram de 2012 para este ano. "Temos planejado mais de R$ 900 milhões para essa operação em todo o Nordeste, atingindo mais de 800 municípios. O Ministerio da Defesa coordena esse trabalho em um convênio com o Ministério da Integração. Com, a fiscalização conseguirmos reduzir os investimentos porque houve um melhor aproveitamento dos equipamentos e da distribuição da própria água. Enquanto essa situação de seca persistir, vamos continuar empenhando os esforços das Forças Armadas", enfatizou.