Prazo para apresentação dos diplomas de curso superior dos investigados pela Turbulência expirou nessa quinta

Nenhum dos suspeitos apresentou o documento comprobatório
Marcela Balbino
Publicado em 01/07/2016 às 1:05
Nenhum dos suspeitos apresentou o documento comprobatório Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


O prazo para os quatro presos na Operação Turbulência, deflagrada há 11 dias pela PF, entregarem os diplomas de curso superior expirou nessa quinta-feira (30) e nenhum dos suspeitos apresentou o documento. Sem isso, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal vão direto para uma cela comum no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Estão em celas superlotadas. O Cotel tem capacidade para 956 presos e recebe, atualmente, 2.800 internos.

A visita aos presos estava tão grande que a Secretaria de Ressocialização (Seres) criou um livro de registros para controlar o acesso aos detentos.

Todos afirmaram que tinham diploma, mas não levaram o documento. Como eles haviam dito que tinham a titulação, estavam no pavilhão destinado a presos com nível superior. A informação foi repassada pela assessoria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

Quanto aos pedidos de habeas corpus, três suspeitos já entraram com pedido, mas apenas o de Apolo deve ser analisado. Ontem, o desembargador Ivan Lira de Carvalho, do Tribunal Federal Regional da 5ª Região, assinou despacho afirmando que vai levar o caso para a 2ª turma decidir, na próxima terça-feira (5). 

A justificativa dele para não tomar a decisão de forma monocrática é a “complexidade da matéria e o alcance da medida”. O pedido de Apolo teve o sigilo levantado, mas os de João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite permanecem em segredo de Justiça. 

Eduardo Leite é proprietário da Cerâmica Camboa. Ele foi apontado pela PF como uma dos empresários que teria emprestado dinheiro a João Carlos Lyra, também detido na operação, para que ele pagasse prestações atrasadas do jato usado por Eduardo Campos em 2014. Apolo Santana, dono de uma importadora de pneus, a Bandeirantes Pneus, em Jaboatão dos Guararapes, também seria o financiador da compra do jato.

MORTE - Paulo Morato, que estava foragido e foi encontrado morto dentro de um motel em Olinda, morreu após ingerir chumbinho. O laudo confirmando a causa da morte foi divulgado na quinta-feira pela Secretaria de Defesa Social.

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