Operação mira suspeitos de desviar verba em empresa de urbanização de Igarassu

A Operação 'Urbanizar' conta a atuação de 50 policiais, entre delegados, agentes e escrivães
JC Online
Publicado em 26/02/2019 às 8:39
A Operação 'Urbanizar' conta a atuação de 50 policiais, entre delegados, agentes e escrivães Foto: Foto: Reprodução de vídeo/Edésio Lemos/PCPE


Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil deflagrou a 15ª Operação de Repressão Qualificada de 2019. Denominada "Urbanizar", a ação ligada à Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), conta a atuação de 50 policiais, entre delegados, agentes e escrivães.

Segundo a Polícia Civil, as investigações que deram origem à operação começaram em outubro de 2018. A 'Urbanizar' tem como objetivo apurar crimes contra a administração praticados contra a administração pública de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre as infrações estão peculato e associação criminosa.

Na operação estão sendo cumpridos três mandados de prisão e sete de busca e apreensão, expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Igarassu.

Esquema

De acordo com o delegado Ivado Pereira, da DIM, a operação tinha como foco um esquema criminoso na empresa de urbanização de Igarassu, em que eram contratados funcionários fantasmas, a quem eram destinados cerca de R$ 2 mil.

"O presidente e a vice pegavam dados de algumas pessoas e cadastravam elas como funcionários, sem que as pessoas soubessem que trabalhavam para a Prefeitura. Esse cadastro era utilizado para simular um contrato de prestação de serviços. A verba de R$ 2 mil, destinada à contratação, nunca chegava as pessoas, porque era desviada pelo presidente e vice", afirmou o delegado Ivaldo Pereira, que apontou o presidente da empresa de urbanização como líder do esquema criminoso.

O delegado acredita que cerca de 30 pessoas tenham sido usadas como funcionários fantasmas no esquema. Elas, segundo o delegado, são "pessoas simples e humildes" e chegaram a ser intimidadas pelo presidente da empresa de urbanização, para afirmarem que sabiam da contratação. O prejuízo aos cofres públicos era de R$ 60 mil por mês, pelo menos, de acordo com o diretor da DIM.

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