O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) insiste na candidatura do filho Miguel Coelho para o governo do Estado pelo MDB.
O prefeito de Petrolina tem trabalhado para isso, independente do partido. Há vários meses circula pelo estado e conversa com prefeitos e lideranças em todas as regiões.
Mas, o MDB é um problema. E vai continuar sendo.
A justificativa da direção estadual é que a aproximação com Bolsonaro atrapalha. FBC é líder do governo no Senado. O cálculo dos prefeitos que conversaram com o presidente estadual do partido é de custo-benefício, e faz sentido.
Com a rejeição a Bolsonaro acima de 60% em Pernambuco, qual a vantagem do partido em sustentar a candidatura de alguém que carrega essa bandeira?
"Todo mundo acaba perdendo e o partido vai virar alvo no estado, não por estar na oposição, mas por ser bolsonarista. Ninguém quer arriscar", diz uma liderança do MDB à coluna.
A direção nacional do partido também não está sintonia com a ideia. Recentemente, publicaram uma nota avisando que "quem aceitar ministérios no governo Bolsonaro será convidado a deixar o partido".
Quando FBC diz que a Nacional quer candidatura em Pernambuco não está mentindo. Ele só não conta o "detalhe" sobre o partido não querer aproximação com Bolsonaro.
Facilitaria se o senador deixasse a liderança do governo e se afastasse do bolsonarismo.
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O problema é que ele não confia. Acredita que, mesmo deixando a liderança, o MDB vai arranjar algum outro argumento para não deixar o palanque do PSB.
E, nisso, está correto.