Seguindo a linha do "pra quê comprar, se eu posso alugar?", a Ford lançou no Brasil seu programa de assinatura de veículos que, na prática, é uma forma de aluguel a longo prazo. A assinatura já é praticada aqui por outras marcas, a exemplo da Fiat e Renault, e é uma opção para andar de carro 0 km todo ano sem ter de se preocupar com IPVA, custo de manutenção, seguro e negociação do usado, tudo já está incluído na mensalidade do carro. As únicas exceções são gastos com combustível, multas e reparos por acidente ou não cobertos pela garantia.
Depois de anunciar o fechamento de três fábricas no País, e passar de fabricante a importadora de modelos de luxo, a marca americana resolveu investir em seu programa de assinaturas batizado de Ford Go. Segundo a Ford, o programa de assinaturas está disponível em 200 cidades, incluindo o Recife, e contempla planos com duração de 12 meses, sempre envolvendo carros 0 km.
MODELOS
Apenas dois modelos, entre os cinco que a Ford vende no Brasil, estão disponíveis para o aluguel. A picape Ranger e o SUV Territory. O esportivo Mustang, o utilitário Bronco e o SUV Edge não estão disponíveis para a locação.
A mensalidade mais barata custa R$ 3.700, e é referente ao SUV Territory, na versão SEL. Esta mesma versão do Territory para compra custa R$ 180 mil. O plano de aluguel mais caro tem mensalidade de R$ 6.850 e é o da picape Ranger Limited 4x4 Diesel (se optasse pela compra, o cliente pagaria R$ 273 mil por este modelo).
O contrato faz algumas exigências como a idade mínima de 21 anos para o contratante e a proibição de que o carro seja utilizado para transporte por aplicativos. Há opções de franquia mensal de 2.000 km e 3.000 km. Ultrapassando essa quilometragem, é cobrado um acréscimo por cada quilômetro rodado.
Comprar ou assinar
Antes de optar pelo aluguel a longo prazo, é bom analisar algum pontos como rotina de uso do veículo e custo final. A grosso modo, a grande vantagem da assinatura, é ter sempre um carro 0 km à disposição a cada renovação de contrato e não ter que se preocupar com despesas como IPVA, seguro e revisões. Já no financiamento, há todos esses custos envolvidos além das parcelas mensais do valor do carro, mas ao final, o consumidor tem um patrimônio que pode ser utilizado para troca ou venda, embora desvalorizado em relação ao preço original e pago com juros. Em sua coluna "Dinheiro", deste JC, o consultor financeiro Leandro Trajano dá outras dicas de como decidir pela assinatura ou compra de um veículo: https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/dinheiro/2021/01/12021698-carro-ter-ou-nao-ter--eis-a-questao.html