A partir desta sexta-feira (15), até 29 de maio, alunos da rede estadual de Pernambuco estão oficialmente de férias. Portaria que regulamenta a medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira. Nas escolas estaduais, o período de descanso no mês de julho é chamado de recesso, já que as férias oficiais são em janeiro. O governo justifica que a medida decorre da necessidade de minimizar os impactos da suspensão das aulas por causa do novo coronavírus.
Com o início do recesso, serão suspensas as aulas remotas e outras atividades não presenciais que estão sendo ofertadas aos estudantes desde o início de abril. A rede estadual tem cerca de 580 mil alunos matriculados nos ensinos fundamental (98% nos anos finais, do 6º ao 9º ano) e ensino médio.
Em Pernambuco, por decreto estadual, as atividades presenciais em escolas e faculdades públicas e privadas estão proibidas desde 18 de março como uma das formas de evitar a transmissão da covid-19. Até esta quinta-feira (14), havia 15.588 pessoas infectadas e 1.298 mortes.
"O recesso vai permitir que possamos nos planejar, com reorganização do calendário letivo e reposição das aulas. Nossa grande preocupação é garantir o aprendizado dos alunos", destaca o secretário estadual de Educação, Fred Amancio.
O Conselho dos Secretários Estaduais de Educação (Consed) estima que dificilmente as aulas presencias, no País, serão retomadas até junho. "Em Pernambuco, o decreto que suspende as aulas presenciais vale até o final de maio. É quando o governador Paulo Câmara deverá fazer uma nova análise do cenário da pandemia no Estado para decidir se mantem ou não a suspensão", observa Fred.
A Secretaria Estadual de Educação diz que mesmo de recesso, os alunos poderão revisar os conteúdos já produzidos pelo Educa-PE, pelo YouTube. Novas aulas voltarão a ser exibidas a partir de 1º de junho.
A medida seguida pelo governo estadual foi a mesma adotada pelas escolas da rede privada. As férias na rede particular de ensino, que são sempre em julho, foram antecipadas para o mês de abril, também por causa da pandemia.
Com tantos dias de isolamento social e impossibilidade de realização das aulas presenciais, todas as redes de ensino terão que ajustar seus calendários letivos quando a pandemia passar. Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) sugere aulas aos sábados, no contraturno ou acréscimo de carga horária nos dias normais de aula.