Atualizada às 14h50
O Sindicato dos Professores do Estado de Pernambuco (Sinpro-PE), da rede particular de ensino, emitiu uma nota, na manhã desta sexta-feira (30), criticando duramente o protesto realizado por representantes de escolas e pais de alunos nessa quinta-feira (29), seguida de anúncio, pelo Governo do Estado, liberando as aulas presenciais para as séries da educação fundamental e infantil. No documento, o Sinpro diz que as notícias foram recebidas "com muita surpresa" e que a medida é um "verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano".
Neste sábado, (31), por volta das 9h, a diretoria executiva do Sinpro realizará uma reunião virtual para deliberar sobre os próximos passos a serem dados. A categoria discutirá se vai aguardar uma resposta da Justiça ou tomar outras medidas.
Para o Sinpro, os casos positivos de covid-19 entre alunos e professor do ensino médio de escolas particulares mostram o risco que a volta às aulas representa. "Se com o retorno das aulas presenciais para o ensino médio, já percebemos evidências de contágios da covid-19, mesmo diante de tamanhos protocolos e cuidados, imaginem agora, como ficará no mês de novembro, que as escolas voltarão com todo seu público? Um risco que foi ignorado em virtude da pressão econômica", disse o sindicato na nota.
O Sinpro ainda afirma que o governador Paulo Câmara (PSB) "se portou do lado dos empresários, em detrimento da comunidade escolar" e critica o silêncio diante dos casos positivos nas escolas particulares. "Dizemos não a essa sentença de morte decretada ao povo pernambucano pelos empresários, e chancelada pelo governador Paulo Câmara", finaliza o documento.
Escolas particulares de Pernambuco poderão voltar a ter aulas presenciais para as turmas de 6º ao 9º do ensino fundamental a partir de 10 de novembro. Para as séries iniciais dessa etapa (1º ao 5º ano), a liberação será a partir de 17 de novembro. Já as crianças da educação infantil voltarão a frequentar presencialmente as escolas em 24 de novembro.
Esse cronograma não vale para as escolas públicas, das redes estadual e municipal. O anúncio foi feito no fim da tarde desta quinta-feira (29) pelo secretário estadual de Educação, Fred Amancio. "Vamos aguardar como será o retorno de todas as séries do ensino médio para depois planejar a volta da educação infantil e do ensino fundamental nas escolas públicas", justificou o secretário.
Pelo quarto dia consecutivo, a média móvel de casos da covid-19 em Pernambuco voltou a aumentar nesta sexta-feira (30). Entre hoje e quatorze dias atrás — tempo médio de incubação do vírus — o número de infectados confirmados teve alta de 34%. Assim, as novas notificações passaram de 403, em 17 de outubro, para 662. O Estado segue há quatro dias em tendência de alta de casos. As constatações são feitas com base nos dados epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
NOTA: O IRRESPONSÁVEL RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS
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Na última quinta-feira (29), a diretoria do Sinpro Pernambuco recebeu com muita surpresa duas notícias que, de acordo com o bom senso e a razoabilidade, não deixam de ser lamentáveis. A primeira diz respeito a mais uma manifestação de rua, promovida pelas escolas particulares, a fim de pressionarem o governo de Pernambuco, para assim restabelecer suas atividades pedagógicas de forma presencial, em plena pandemia. Não bastando esse absurdo, o sindicato, no mesmo dia, também tomou conhecimento de que, na intenção de atender os interesses dos empresários, o governador Paulo Câmara autorizou o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino privado.
Um verdadeiro equívoco e desrespeito à vida e ao povo pernambucano. Ora, se com o retorno das aulas presenciais para o ensino médio, já percebemos evidências de contágios da Covid-19, mesmo diante de tamanhos protocolos e cuidados, imaginem agora, como ficará no mês de novembro, que as escolas voltarão com todo seu público? Um risco que foi ignorado, em virtude da pressão econômica.
Nesse episódio, infelizmente o governador se portou do lado dos empresários, em detrimento da comunidade escolar, que passará, nos próximos dias, por sérios riscos. O curioso é que, todos os setores envolvidos nesse retorno calaram-se frente os episódios de contágio ocorridos nas escolas. Os empresários fingiram que não aconteceu, Paulo Câmara, idem. E seguindo a tática do silêncio e da indiferença, permanecerão esses sujeitos, até que ocorra uma fatalidade por conta desse retorno.
Contudo, o Sinpro Pernambuco, reafirmando sua posição de defesa da vida e da integridade da comunidade escolar, após reunião de sua diretoria e diálogo com demais setores, tomará as devidas providências, a fim de garantir o direito e a integridade dos professores e professoras em todo estado de Pernambuco.
Dizemos NÃO a essa sentença de morte decretada ao povo pernambucano pelos empresários, e chancelada pelo governador Paulo Câmara.
SINPRO PERNAMBUCO
Enquanto isso, na rede estadual de educação, os profissionais seguem à espera da retomada de negociações com o Governo de Pernambuco. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) quer discutir os detalhes do retorno às aulas e questões trabalhistas. O órgão enviou ao Estado um ofício com a requisição no último dia 23 de outubro, dia em que declarou o fim a greve dos professores depois de uma série de entraves judiciais. Uma assembleia geral virtual foi convocada pela categoria para a próxima quinta-feira (5), às 14h30.
"O Sintepe cobra à Secretaria de Educação a definição de procedimentos detalhados em relação aos desdobramentos desse retorno precipitado às atividades presenciais. E ainda, a resolução de questões no âmbito pedagógico e de relações de trabalho", diz a nota da categoria.
De acordo com o Sintepe, uma das reivindicações é o piso salarial, já que ainda não houve a atualização do valor. "A Diretoria do Sindicato avalia, pelo acontecido em anos anteriores, que deveremos ter desdobramentos a partir das duas reuniões aqui citadas. Por isso, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Assembleia do dia 23 de outubro, convoca a próxima Assembleia Geral virtual para 05 de novembro às 14h30", diz o órgão.
Nota do Sintepe: Negociações retomadas e Assembleia Geral para 5 de novembro
Após a assembleia geral virtual da última sexta-feira, 23 de outubro, enviamos ofício ao Governo do Estado comunicando a suspensão da greve, em função de determinação judicial. No mesmo ofício, reivindicamos a retomada das negociações tendo em vista o necessário encaminhamento de assuntos pendentes.
O Sintepe cobra à Secretaria de Educação a definição de procedimentos detalhados em relação aos desdobramentos desse retorno precipitado às atividades presenciais. E ainda, a resolução de questões no âmbito pedagógico e de relações de trabalho.
O Piso Salarial é outra reivindicação! O Governo do Estado ainda não atualizou o valor, assegurado na Lei 11.738/2008, para ser implementado a partir do 1° de janeiro de cada ano.
Por sua vez, o Governo do Estado convocou o Sintepe para reunião com as Secretarias de Educação e de Administração, nesta quinta-feira, 29 de outubro, às 14h30min. Na sexta-feira, 30 de outubro, haverá reunião da MESA GERAL DE NEGOCIAÇÃO, envolvendo o Governo e o Fórum dos Servidores, coordenado pela CUT-PE e do qual o Sintepe faz parte.
A Diretoria do Sindicato avalia, pelo acontecido em anos anteriores, que deveremos ter desdobramentos a partir das duas reuniões aqui citadas. Por isso, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Assembleia do dia 23 de outubro, convoca a próxima Assembleia Geral virtual para 05 de novembro às 14h30min.
A DIREÇÃO
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