Puxado pelos preços do dólar, o Brasil poderá em 2021 atingir uma marca inédita: exportar US$ 1 bilhão em frutas frescas ancorado especialmente tem três culturas uva, manga e maçã. No primeiro semestre, as exportações cravaram US$ 440,1 milhões, 40% a mais que em 2020 a maior parte delas cultivadas no Vale do São Francisco.
A uva foi o destaque deste período, dobrou as exportações em volume e valor. Foram exportadas cerca de 21 mil toneladas da fruta, 110% a mais em volume e 98% em valor chegando a US$ 119 milhões.
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A seguir vieram as maçãs também continuam com bom desempenho, foram enviadas para o mercado internacional mais de 92 mil toneladas. Em receitas, o aumento ficou em 101%, com vendas de US$ 69,8 milhões.
Finalmente, a manga continua no topo sendo a mais exportada. Foram embarcadas mais de 79 mil toneladas, faturaram mais de US$ 79 milhões de dólares nesses seis primeiros meses do ano. Os números têm surpreendido o setor e os produtores estão bastante otimistas com os resultados, o que comprova que o agro foi setor que não parou frente a pandemia mundial.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho acredita que, este ano, a marca do primeiro de bilhão de dólares será alcançada.
Coelho diz que isso não acontece por acaso. A fruta brasileira vem carregando mais tecnologia o que a nossa fruta ainda mais saborosa e de alta qualidade. E isso tem surpreendido o mercado, além da busca por alimento saudável, pois o mundo está se alimentando melhor. Somado a isso, as frutas produzidas no Vale do São Francisco são certificadas, possuem rastreabilidade, ou seja, seguem todas as normas exigidas no mercado internacional.
De janeiro a junho foram embarcadas mais de 515 mil toneladas de frutas. No primeiro semestre de 2020, mesmo com a pandemia as exportações de frutas renderam US$ 399,8 milhões de janeiro a junho.
Este ano o clima colaborou com este resultado, diferentemente do ano passado em que houve chuvas no primeiro semestre o que limitou a produção. O câmbio alto e o cenário de preços muito baixos no mercado nacional, potencializaram as exportações. Por fim, segundo produtores de uva, também houve incremento de produtividade.
Com quase US$ 120 milhões, a manga continua no topo, sendo a mais exportada, foram embarcadas mais de 79 mil toneladas, faturaram mais de US$ 79 milhões de dólares nesses seis primeiros meses do ano.
Os números têm surpreendido o setor e os produtores estão bastante otimistas com os resultados, o que comprova que o agro foi setor que não parou frente a pandemia mundial.
A Embrapa afirma que nunca se enviou tanta manga do Brasil em um primeiro semestre.
Segundo o boletim de junho da empresa a média histórica para este mês é de 6,2 mil toneladas, em 2020 foram exportadas 9,8 mil toneladas, ou seja, houve um aumento de 74% na comparação com junho do ano passado e o valor de 2021 passa agora a ser o máximo histórico. O volume exportado em junho foi de cerca de 770 contêineres.
Ainda segundo a Embrapa, o mais surpreendente dessa performance é que não houve uma janela para o Brasil (o Brasil tem essa janela em outubro), ou seja, outros países também mandaram frutas, como os africanos. O crescimento se deu por melhor competitividade mesmo com o exportadores brasileiros aproveitando o mercado de Kent e de Keitt que foi melhor em termos de preços.
No caso da uva, os volumes enviados pelo Brasil, em junho ficaram acima da média histórica (814 toneladas), um total de 3.915 toneladas no semestre. Este valor é 187% maior do que o montante enviado no mês de junho do ano passado (1.366 toneladas), se tornando o novo máximo histórico.
Como aconteceu com a Manga, nunca se enviou tanta uva para o exterior em um mês de junho como em 2021. As exportações brasileiras foram os principalmente destinadas para a Europa 87% e depois para América do Sul 11% e finalmente 2% para América do Norte.
Pela sazonalidade, o esperado é que em julho os volumes sejam ainda menores retomando o crescimento com mais força apenas em setembro.
Segundo o presidente da Abrafrutas, uma das metas do setor é ampliar os mercados e diversificar as culturas já exportadas. Segundo Guilherme Coelho o setor já iniciou exportações de melão , produzidas no Rio Grande do Norte para a China e está em tratativas para o envio da uva.
As maçãs também continuam com bom desempenho, foram enviadas para o mercado internacional mais de 92 mil toneladas. Em receita o aumento ficou em 101%, com vendas de US$ 69,8 milhões. A janela de exportação de maçã é no primeiro semestre, sendo julho o último mês relevante para exportação. Os principais países importadores são Rússia, Bangladesh e Índia.