A Construtora Moura Dubeux começou as obras de mitigação do projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, acordadas com a Prefeitura do Recife ainda em 2017 e estimadas em R$ 76,6 milhões, mas que devem chegar a R$ 90 milhões quando forem finalizadas.
O processo inclui a implantação de um parque linear ao longo do cais atual, implantação de equipamentos de esporte e lazer, uma ciclovia, construção de 200 habitações e a demolição do Viaduto das Cinco Pontas.
Como o desenvolvimento do projeto está dividido em quatro fases, distribuídas entre os empreendedores, a implantação das ações de mitigação - dividida em seis blocos - também será fracionada.
Atualmente, as obras se concentram na abertura das avenidas paralelas às cinco faixas atuais, juntamente com as obras de infraestrutura dos primeiros três edifícios em construção, enquanto a CFN faz a retiradas de milhares de trilhos da Transnordestina que foram depositados no terreno, o que só deve terminar em maio.
Nessa fase, o Novo Recife tem o compromisso de, além das primeiras obras a serem entregues à Prefeitura, escrever o projeto executivo do parque para que o município defina o cronograma de implantação.
O parque vai deslocar as vias de seis faixas para trás da avenida atual, de modo a ser construída uma nova avenida com ciclovia, ligando a bacia do Pina à que já existe na frente das torres gêmeas, tratamento paisagístico verde que vai conectar o sistema do Viaduto Capitão Temudo ao entorno do Forte de Cinco Pontas.
Além da restauração da infraestrutura da Igreja Mariz de São José, o projeto prevê restauração do conjunto de galpões próximos ao Forte das Cinco Pontas, que devem abrigar uma instalação cultural. E restauração de três casas da antiga RFFSA.
Outra ação prevê uma conexão da Travessa do Raposo com a ponte Joaquim Cardoso. A construção de 200 habitações no modelo popular, entretanto, será num terreno indicado pela Prefeitura do Recife.
Pelo acordo, que começou a ser implantado, a construtora deverá elaborar o projeto executivo do sistema viário, inclusive a ciclovia, contratar o projeto paisagístico do Parque Público, além da contratação do Plano de Circulação do Centro Expandido.
Como a construtora está em definição do segundo lote de imóveis após a saída da Queiroz Galvão do negócio, os projetos de obras de mitigação poderão ser acelerados, desde que a PCR dê as licenças para a implantação das ações.