Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
COLUNA MOBILIDADE

Flexibilização da quarentena tem leve impacto sobre transporte público do Grande Recife

Início do feriado da Semana Santa também influenciou no movimento. Houve crescimento, mas demanda foi de 45% do que era antes da pandemia

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 01/04/2021 às 12:35 | Atualizado em 01/04/2021 às 12:39
171 coletivos foram lançados a mais nas ruas nesta quinta-feira (1º/4), ampliando a oferta do serviço nas linhas de maior demanda do sistema e que enfrentam diariamente superlotação nos horários de pico da manhã e da noite - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

A flexibilização da quarentena em Pernambuco, a partir desta quinta-feira (1º/4), teve um leve impacto no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Análises preliminares dos terminais integrados e ainda sem comprovação - que só poderá ser obtida no fim do dia, quando a frota retorna às garagens - indicam que mais passageiros circularam nos ônibus no primeiro dia do novo plano de convivência com a covid-19. Mesmo assim, a demanda teria alterado muito pouco em relação ao período da recente quarentena, oscilando entre 45% e 46% do movimento de antes da crise sanitária, por exemplo.

Os dados são do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano (CTM), gestor do sistema de ônibus, e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), operadores. O STPP começou a quinta-feira com um reforço na operação: 171 coletivos a mais nas ruas, ampliando a oferta do serviço nas linhas de maior demanda do sistema e que enfrentam diariamente superlotação nos horários de pico da manhã e da noite. A partir da segunda-feira (5/4), entrarão outros 29 coletivos, ampliando o reforço para 200 ônibus.

A partir da segunda-feira (5/4), entrarão outros 29 coletivos, ampliando o reforço para 200 ônibus - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

O governo de Pernambuco reforçou a frota de ônibus para evitar ou ao menos reduzir as aglomerações nos horários de pico. E diz que, com os 200 ônibus, a frota passa de 80% para 88% e que 184 linhas (quase metade das linhas do sistema) estarão rodando com mais de 100% dos veículos. E está concentrando os esforços nas linhas de maior demanda, que são as que mais sofrem nos horários de pico. O CTM garante que há linhas rodando com mais de 150% da frota. A melhoria do serviço nessas linhas, inclusive, foi definida num acordo firmado com o governo do Estado para suspender temporariamente a ação civil pública impetrada pela Defensoria Pública de Pernambuco e que tinha conseguido uma liminar obrigando todos os ônibus a circular com apenas 20% da capacidade de passageiros em pé.

Onibus_WEB - artes jc

No acordo, ficou definido que os ônibus deverão sair dos terminais integrados com no máximo 20% da capacidade de usuários em pé. E que dez linhas - as de maior demanda do sistema - terão que iniciar as viagens apenas com passageiros sentados, sendo fiscalizadas ao longo do percurso. No caso dos ônibus comuns, é como se cada coletivo pudesse circular com menos de dez pessoas em pé.

Primeiro dia da fleixibilização da segunda quarentena no transporte público do Grande Recife - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Primeiro dia da fleixibilização da segunda quarentena no transporte público do Grande Recife - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Primeiro dia da fleixibilização da segunda quarentena no transporte público do Grande Recife - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

“Percebemos o aumento da demanda pelas filas nos terminais integrados e, principalmente, em algumas linhas de alta demanda, como, por exemplo, a 645 (TI Macaxeira/Avenida Norte. Agora, sem dúvida, na segunda-feira (5/4) pós-feriado, o movimento deverá ser maior”, explicou Mário Sérgio Cornélio, coordenador de Operações do CTM. A Urbana-PE estimou um movimento de 45% da demanda de antes da pandemia e muito semelhante ao que vinha sendo registrado durante a quarentena.

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