A flexibilização da quarentena em Pernambuco, a partir desta quinta-feira (1º/4), teve um leve impacto no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR). Análises preliminares dos terminais integrados e ainda sem comprovação - que só poderá ser obtida no fim do dia, quando a frota retorna às garagens - indicam que mais passageiros circularam nos ônibus no primeiro dia do novo plano de convivência com a covid-19. Mesmo assim, a demanda teria alterado muito pouco em relação ao período da recente quarentena, oscilando entre 45% e 46% do movimento de antes da crise sanitária, por exemplo.
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Os dados são do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano (CTM), gestor do sistema de ônibus, e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), operadores. O STPP começou a quinta-feira com um reforço na operação: 171 coletivos a mais nas ruas, ampliando a oferta do serviço nas linhas de maior demanda do sistema e que enfrentam diariamente superlotação nos horários de pico da manhã e da noite. A partir da segunda-feira (5/4), entrarão outros 29 coletivos, ampliando o reforço para 200 ônibus.
O governo de Pernambuco reforçou a frota de ônibus para evitar ou ao menos reduzir as aglomerações nos horários de pico. E diz que, com os 200 ônibus, a frota passa de 80% para 88% e que 184 linhas (quase metade das linhas do sistema) estarão rodando com mais de 100% dos veículos. E está concentrando os esforços nas linhas de maior demanda, que são as que mais sofrem nos horários de pico. O CTM garante que há linhas rodando com mais de 150% da frota. A melhoria do serviço nessas linhas, inclusive, foi definida num acordo firmado com o governo do Estado para suspender temporariamente a ação civil pública impetrada pela Defensoria Pública de Pernambuco e que tinha conseguido uma liminar obrigando todos os ônibus a circular com apenas 20% da capacidade de passageiros em pé.
No acordo, ficou definido que os ônibus deverão sair dos terminais integrados com no máximo 20% da capacidade de usuários em pé. E que dez linhas - as de maior demanda do sistema - terão que iniciar as viagens apenas com passageiros sentados, sendo fiscalizadas ao longo do percurso. No caso dos ônibus comuns, é como se cada coletivo pudesse circular com menos de dez pessoas em pé.
“Percebemos o aumento da demanda pelas filas nos terminais integrados e, principalmente, em algumas linhas de alta demanda, como, por exemplo, a 645 (TI Macaxeira/Avenida Norte. Agora, sem dúvida, na segunda-feira (5/4) pós-feriado, o movimento deverá ser maior”, explicou Mário Sérgio Cornélio, coordenador de Operações do CTM. A Urbana-PE estimou um movimento de 45% da demanda de antes da pandemia e muito semelhante ao que vinha sendo registrado durante a quarentena.