Construir a estrutura para a bicicleta no Viaduto Capitão Temudo, que liga a área do Centro Expandido à Zona Sul do Recife, custaria, no máximo, R$ 1,2 milhão. Como comparativo de valor, a Prefeitura do Recife está gastando quantia semelhante apenas para repor os gradis furtados da Via Mangue, corredor expresso de acesso á Zona Sul da capital e do Grande Recife.
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O cálculo tem como base o valor que o município gastou com a Ciclovia da Mário Melo, implantada sobre o canteiro central da via, em Santo Amaro, área central da capital, e até hoje a estrutura mais cara feita nas duas gestões do PSB. Segundo a Ameciclo, o km custou R$ 216 mil porque exigiu a reconstrução do canteiro central para adaptá-lo para bicicletas e pedestres.
O km de ciclofaixa (pintura completa e tachões, sem segregação física do tráfego), custaria, no máximo, R$ 49 mil o km. Com a pintura apenas das laterais da ciclofaixa seria possível fazer por R$ 29 mil o km. Mas no Capitão Temudo a estrutura correta e segura é uma ciclovia - talvez até protegida por blocos de concreto, mais conhecidos como gelos baianos.
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Haveria um custo a mais devido à necessidade de ampliar a fiscalização eletrônica de velocidade no complexo viário, um dos pontos do Recife em que os veículos mais aceleram e que conta apenas com um controlador, na descida do Temudo.