Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
COLUNA MOBILIDADE

Bati o carro, e agora? Confira o que fazer

Retirar o veículo da via, não deixar de prestar socorro e tentar conversar educadamente com os outros condutores envolvidos são algumas das ações necessárias

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 04/06/2021 às 12:58 | Atualizado em 04/06/2021 às 12:58
Vendas de automóveis cresce, enquanto a mobilidade urbana piora nas cidades brasileiras. Mas o que você tem a ver com isso? - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

O Brasil até hoje não contabiliza o número de colisões no trânsito, uma falha histórica e que compromete a execução de ações de segurança viária. Uma ou outra cidade faz essa contagem, assim como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabiliza os registros nas rodovias federais. Mas não há uma estatística unificada, nacional. De toda forma, todo brasileiro sabe que as ruas, avenidas e estradas registram muitos sinistros de trânsito (não se chama mais acidente de trânsito) e que sempre é uma situação difícil de ser encarada. Envolve muito nervosismo e, com frequência, pequenas lesões. Por isso, a Coluna Mobilidade lista algumas dicas para ajudar nesses momentos.

Não é mais acidente de trânsito. Agora, a definição é outra nas ruas, avenidas e estradas do Brasil

Com informações do Zul+, autotech para motoristas de carros, foi elaborado um roteiro para que todos os motoristas saibam como agir após uma colisão de trânsito.

O Brasil até hoje não contabiliza o número de colisões no trânsito, mas todo brasileiro sabe que elas acontecem todos os dias, em todo o País - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

1º Passo: Tire o veículo da via

O primeiro passo a ser feito após uma colisão é tirar os veículos envolvidos da rua. Isso deve ser feito porque, segundo as leis de trânsito, obstruir o tráfego e comprometer a segurança dos outros veículos é infração média, que resulta em multa no valor de R$130,16, além de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Quando não for possível, é necessário fazer a sinalização correta, com o triângulo posicionado a pelo menos 30 metros do local do evento de trânsito, e deixar o pisca alerta ligado.

2º Passo: Nunca, nunca deixe de prestar socorro

Caso haja algum ferido na colisão é necessário prestar socorro à vítima. De imediato, ligue para o Samu (192) ou Corpo de Bombeiros (193), ou peça para que alguém o faça. Depois fale com a pessoa para saber se ela está consciente e consegue se mexer. Caso contrário, não a retire do veículo ou da posição em que se encontra. A remoção deve ser feita com os devidos cuidados por um bombeiro, médico ou socorrista treinado. Além de um processo penal, não prestar os devidos cuidados e fugir do local gera multa de R$ 1.467,35 e cassação da CNH.

3º Passo: Converse com o outro motorista envolvido no evento de trânsito

Após ter certeza de que está tudo bem com todos os envolvidos na colisão - e no caso de eventos sem vítimas -, é necessário manter a calma e conversar sobre o ocorrido. O ideal é que, sendo pessoas civilizadas, seja determinado de quem é a culpa e quem vai arcar com os prejuízos causados. Depois, é preciso que todos anotem os dados (nome completo e telefone do motorista, placa e modelo do carro) além do local exato do acidente. Mesmo que os envolvidos tenham entrado em acordo é sempre importante ter os registros para o caso de uma possível ação judicial, inclusive, é indicado fotografar o acontecimento.

4º Passo: Faça um boletim de ocorrências

No caso dos sinistros de trânsito sem vítimas, dificilmente um agente de trânsito municipal irá ao local. Por isso, o ideal é fazer um Boletim de Ocorrência numa delegacia ou realizá-lo pela internet, através do portal da Polícia Civil. Mesmo que não seja obrigatório, algumas seguradoras exigem um boletim de ocorrência para o processo de indenização.

5º Passo: Acione o seguro do seu carro

Após a negociação com os demais envolvidos, o responsável deve acionar o seguro para arcar com o prejuízo dos veículos. Vale destacar que é necessário ter uma cobertura para terceiros para que a seguradora também assuma o conserto dos demais envolvidos. Caso você não tenha esse tipo de seguro, é possível que os demais envolvidos acionem o próprio seguro e o responsável pague o valor da franquia estabelecido em contrato.

No caso de você não ter seguro, é possível determinar se o responsável vai levar os veículos para uma oficina mecânica de sua confiança ou se cada envolvido pode decidir onde o conserto será feito.

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