A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e os metroviários se reúnem nesta sexta-feira (14/7) para uma segunda rodada de negociação que evite uma nova paralisação do Metrô do Recife, que atende a Região Metropolitana do Recife transportando 180 mil pessoas por dia.
O encontro acontecerá às 9h, na sede da CBTU Recife, em Areias, na Zona Oeste do Recife. Inicialmente, a reunião estava programada para o meio-dia de quinta-feira (13), em meio à paralisação de 24h aprovada em assembleia pela categoria, mas foi transferida a pedido dos metroviários.
A CBTU Recife e o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) vão discutir as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2024. O ACT é peça fundamental das negociações, mas os metroviários também lutam pela retirada da CBTU do Plano Nacional de Desestatização (PND), o que significaria a desistência, pelo governo federal, da privatização do metrô.
Os metroviários decretaram a paralisação do sistema por 24h, com início às 22h da quarta (12) e término às 22h desta quinta. O movimento teve adesão unânime da categoria, que ainda fez questão de destacar que foi a primeira greve do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"PRIMEIRA GREVE DO GOVERNO LULA ACONTECE EM PERNAMBUCO"
“A primeira greve do Governo Lula começa em Pernambuco. Os metroviários e as metroviárias de Pernambuco decretaram a greve da categoria, nesta quarta-feira, 12 de julho, com paralisação imediata do sistema, iniciando já às 22h de hoje. Com isso, não haverá Metrô nesta quinta-feira, 13 de julho”, afirmou o Sindmetro.
E, de fato, o Metrô do Recife parou. Não houve sequer uma operação especial porque a adesão da categoria à paralisação de 24h foi total.
Segundo o presidente do sindicato, Luiz Soares, as pressões foram intensificadas após uma série de fatores que não foram atendidos pela categoria, como: a retirada da CBTU do PND, os repasses necessários para o Plano de Reestruturação do Metrô do Recife e a aprovação das pautas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
METROVIÁRIOS decretam PARALISAÇÃO do sistema
“Tivemos uma adesão impressionante da categoria para a paralisação de 24h. O Centro de Manutenção de Cavaleiro (CMC) parou, assim como todos os maquinistas e toda a operação. Até mesmo a administração parou. Apenas parte da diretoria foi trabalhar. O sentimento da categoria é de que precisa se unir mesmo para tentar reverter a situação do metrô”, disse Luiz Soares.
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Segundo o sindicalista, uma nova assembleia será convocada após a reunião com a CBTU para que a categoria decida o que fazer. “Estamos em contato com os outros sindicatos dos sistemas de João Pessoa, Maceió e Natal para realizarmos atos e manifestações juntos. Só assim conseguiremos pressionar o governo para desistir da privatização da CBTU”, acrescentou.