Chega ao fim a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba no Paraná, e no túmulo daquela ação, que foi considerada o principal símbolo de combate à corrupção, deveria ter a seguinte inscrição: “Aqui jaz o esforço dos que defendem o dinheiro público.”
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Em um dos seus mais importantes estudos, o psiquiatra suíço Carl Jung (1875 – 1961) chama a atenção para um fenômeno que ele batizou de sincronicidade que são “coincidências significativas de dois ou mais acontecimentos” e que vão além do acaso.
Pois bem, com base no pensamento do pesquisador, que foi o mais próximo discípulo de Sigmund Freud (1856 – 1939), é possível traçar um paralelo e chegar à conclusão que o ato que enterrou a Lava Jato e a eleição no comando da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nesta semana, vão além de simples coincidências. Têm uma umbilical ligação.
A Lava Jato prendeu cabeças graúdas ligadas a importantes partidos que no Congresso Nacional andam de mãos dadas, mesmo fingindo serem do contra.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou ao poder azeitado pelo empenho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi conduzido ao Olimpo da fama no Legislativo incensado por Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores (PT).
Não minha gente, não é coincidência que nos sinuosos corredores do Congresso Nacional se juntem o PP, Bolsonaro, e o Partido dos Trabalhadores para unidos darem as carta na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, justo no instante em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, jogava a derradeira pá de cal no túmulo da Lava Jato.
Essa gente toma champagne na mesma taça!
Pense nisso!