Caso fosse possível, é não, avaliar o mandato dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que nem uma semana no cargo têm, fácil, fácil, diria que estão se saindo melhor do que a encomenda.
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Mas eu me recordo de um episódio que se passou nos primeiros dias de fevereiro de 1999, entre o então senador Luiz Estevão, do [P]MDB do Distrito Federal, que acabou cassado por mentir numa CPI e o presidente do Senado, à época, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Recém eleito, Luiz Estêvão chegou para protocolar 22 projetos entre os quais, quatro propostas alterando a Constituição Federal.
ACM chamou o novato em um canto e mandou Luiz Estêvão retirar os projetos que tinham apresentado, dizendo: “você terá pela frente oito anos de mandato. Não deve querer mostrar serviço nas primeiras medidas para não correr o risco de passar o resto do tempo sem ter o que defender”.
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O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o deputado Arthur Lira (PP-AL) começaram os primeiros dias de comando do Congresso a todo vapor. “Danou-se que o homem não para. Quando você pensa que ele está chegando, já está saindo de novo”, comentou um assustado ascensorista que passa o dia todo pra cima e pra baixo, dentro do elevador exclusivo.
Ainda é cedo, mas foram dias intensos e os dois parlamentares querem se distanciar da pecha de que o Congresso Nacional estava para se transformar em uma espécie de puxadinho do Palácio do Planalto, em razão do apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos dois candidatos. “Harmonia com autonomia” tem sido o mantra de Pacheco nas primeiras horas de gestão. Resta saber quanto tempo dura essa independência e todo esse entusiasmo.
Pense nisso!