É claro que, fazendo uma retrospectiva dos últimos meses, a gente vai chegar à conclusão de que estamos saturados com o uso da máscara, com o distanciamento, com essa briga do rochedo com o mar, que é o conflito dos negacionistas com aqueles que dedicam a vida em favor da ciência.
É justo pensar, também, que muitos de nós estamos com uma demanda afetiva represada e que a vontade que dá é de pegar o primeiro voo, e como diz o poeta: meter o pé na estrada.
Mas um alerta da Organização Mundial da Saúde me inquietou bastante. O diretor da OMS, Tedros Adhanom, salientou que as famílias deveriam repensar o Natal diante do avanço da variante ômicron. “Um evento cancelado é melhor que uma vida cancelada”, diz ele.
“Todos nós queremos voltar ao normal. É melhor cancelar agora e celebrar depois do que celebrar agora e lamentar depois”, destacou Adhanom.
Olhando os números da pandemia da covid-19, é claro que o País só tem a comemorar. No Natal de 2020, o país registrava mais de mil mortes por dia. Hoje, os óbitos não chegam a uma centena, graças, principalmente, ao avançado número de pessoas vacinadas. Mais de 66% da população brasileira já está imunizada. Mas ainda assim, a situação requer cuidado.
Agora é esperar a ação do Ministério da Saúde para as orientações técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que recomenda o governo a vacinar crianças de cinco a 11 anos. Aquelas mesmas criancinhas que no Natal vão correndo para os braços do vovô ou da vovó, mas que podem ser vetores de transmissão do vírus. A prudência nessa hora é importante.
Pense nisso!