Dolmen mistura horror e ficção científica! O jogo em terceira pessoa foi desenvolvido 100% no Brasil pela Massive Work, do Rio Grande do Norte e traz o um roteiro escrito pelo pernambucano, Bill Labonia.
O game que chega em 2022 para consoles e PC foi destaque na área indie da BGS em 2017 e teve um projeto de sucesso no Kickstarter arrecadando mais de US$ mil em financiamento público, um ano depois. O título também foi aclamado pelo público no evento Summer Game Fest de 2021 e promete sacudir os gamers de plantão.
Para escrever a história do Dolmen, o recifense Bill, de 40 anos foi convidado em 2016 e logo aceitou o desafio.
“O título já tinha uma mecânica e os conceitos de level design. O meu trabalho foi dar significância a tudo dentro de uma narrativa consistente. Como amante de games, era muito importante criar uma narrativa envolvente para que o jogo não fosse apenas matar monstros e upar. Assim fui buscar referências de games com narrativas fortes. Quando garoto, gostava muito dos jogos da Lucasarts: Full Throttle e The Dig. Eram simples, mas com uma história envolvente”, diz o Labonia.
Dolmen é um RPG espacial, estilo Dark Souls com inspiração HP Lovecraft e trabalho artístico de H.R. Giger, de Alien. Na aventura, o protagonista deve explorar o aterrorizante planeta de Revion Prime que está completamente ocupado por criaturas monstruosas. Tudo isso, tentando encontrar suprimentos e cristais misteriosos.
“Acho que o Master Chief foi uma grande referência para o personagem principal, um operador militarizado altamente treinado. Já a ambientação tem uma pitada de Cyberpunk, principalmente nas relações entre os personagens. O bom de trabalhar com um grupo de nerds incríveis é que não faltavam referências legais. Para se ter uma ideia, teve inspiração até no clássico Frankenstein”, conta.
Bill Labonia atualmente é membro da Academia Brasileira de Cinema e fez graduação, em Vancouver Film School, no Canadá, além de workshop de Direção Cinematográfica, na New York Film Academy, em Los Angeles. Mas claro, nada se compara a paixão por videogame. A experiência de anos jogando tem uma influência gigantesca quando o assunto é produzir.
“Cresci jogando games em consoles e computador. Jogava desde a época dos disquetes, e sou bem eclético. Gosto de FPS, me divirto no Warzone e também Counter-Strike. Hoje em dia procuro os games mais narrativos, como: Spider-Man do PS4, The Last of Us, Uncharted, Jedi Fallen Order, além de Detroit: Become Human e Heavy Rain. Também sou viciado em jogos de construção e administração como Cities Skylines, Prison Architect e RTS (Command & Conquer). Quando o assunto é estratégia em turnos tem o Civ”, detalha.
Já viu que esse pernambucano arretado é apaixonado por games, né? E quando essa paixão está associada a uma história legal do mundo dos games fica ainda melhor. Como todo especialista no assunto, Bill não ficou em cima do muro e revelou qual roteiro admira e gostaria de ter escrito.
“Todos esses jogos que eu citei são maravilhosos, mas o que eu gostaria muito de ter feito é o The Last of Us. Adorei a construção e desenvolvimento dos personagens. Sem contar com a carga dramática e emocional que a história oferece”, revela.
Tudo indica que Dolmen também possa surpreender. Mas como toda produção de jogos tem cláusulas contratuais de confiabilidade, nosso roteirista pernambucano preferiu criar uma boa expectativa no ar.
“É uma experiência única que une desafio de jogabilidade com imersão narrativa. Revion Prime é só um pedacinho de um universo imenso que criamos pra esse jogo. Acredito que os players vão se divertir navegando e desvendando cada mistério, finaliza.