Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
VIOLÊNCIA

Jovens representam quase metade das vítimas de homicídios em Pernambuco

Nos três primeiros meses de 2022, houve 965 assassinatos no Estado. Uma média de mais de 10 mortes por dia

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 11/05/2022 às 7:30
Violência entre os jovens prevalece em Pernambuco, como mostram estatísticas do governo do Estado - ALEX OLIVEIRA/JC IMAGEM

Quase metade das pessoas assassinadas em Pernambuco tem entre 18 e 30 anos, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Planejamento. Ao todo, 965 homicídios foram praticados nos três primeiros meses de 2022. Em 48% dos casos, as vítimas eram da faixa etária considerada jovem. 

O estudo aponta ainda que 70% dos homicídios tiveram como motivação a relação das vítimas com as atividades criminais, a exemplo do envolvimento com o tráfico de drogas. 

Os dados reforçam, novamente, a necessidade de o Estado pensar em programas de prevenção à violência - para resgatar os jovens da situação de vulnerabilidade e diminuir as tristes estatísticas.  

Em média, 10,7 pessoas foram mortas por dia em Pernambuco neste ano. Os dados, divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS), são ainda mais preocupantes porque apontam para um aumento de 16,5% em relação ao mesmo período de 2021, quando 828 assassinatos foram confirmados.

Somente no mês de março, Pernambuco somou 346 homicídios. É o pior resultado desde maio de 2020, quando 351 pessoas foram mortas. Em comparação com março de 2021, o aumento foi de 26,7%. Foram 73 assassinatos a mais.

SEM INVESTIMENTO

Especialistas em segurança pública sempre foram unânimes em pontuar que não basta investir só em repressão. É necessário que o Estado crie programas para se aproximar mais das comunidades. Tirar os adolescentes e jovens da situação de vulnerabilidade. Abrir oportunidades. Mas muito pouco foi feito.

Somente na segunda gestão do governo Paulo Câmara, foi criada uma secretaria destinada às políticas de prevenção à violência. Ainda assim, mais de três anos depois, são poucas as ações práticas. A pasta gastou muito tempo em pesquisas, estudos, análises, e não lançou um programa forte, eficaz, para afastar os jovens da criminalidade.

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