Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que o Estado começa a enviar, hoje, 149 concentradores de oxigênio para cidades pernambucanas, com o objetivo de auxiliar os gestores na qualificação da assistência a pacientes infectados pelo novo coronavírus. Ao todo, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) remeterá equipamentos para 44 cidades, 29 delas no Agreste, para onde serão enviados 99 aparelhos. A destinação do material foi discutida com os gestores municipais em reunião, na última quarta-feira (26), e pactuada na Comissão Intergestora Bipartite (CIB).
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Os concentradores de oxigênio filtram o ar do ambiente e fornecem apenas o oxigênio puro (5 litros por minuto) para o paciente. Com isso, o equipamento pode substituir os cilindros de oxigênio, que precisam ser preenchidos constantemente por uma empresa que forneça gases medicinais. “O Governo de Pernambuco tem garantido o fornecimento de oxigênio nas unidades da rede estadual, destinada aos casos mais graves, e também estamos atentos para auxiliar como for possível os municípios, possibilitando que os casos leves sejam absorvidos nos serviços municipais”, disse Longo.
O secretário ressaltou ainda que não há risco de desabastecimento. “Estamos trabalhando com os municípios pernambucanos, porque os problemas deles são problemas nossos. Os municípios e as unidades que têm tanques de O2 não têm o que temer. Inclusive temos plantas industriais em Pernambuco, responsáveis pelo abastecimento de oxigênio de outros Estados do Nordeste. O problema relatado por alguns municípios está na logística de reabastecimento de cilindros de O2. Neste sentido, oficiamos o MPPE (Ministério Público de Pernambuco), porque há indícios de interesses comerciais por trás de algumas dificuldades dos municípios”, destacou.
Além dessa oferta de concentradores de oxigênio, já foi realizado contato com o Ministério da Saúde solicitando mais 500 equipamentos, também para distribuição entre os municípios pernambucanos.