Toda a população adulta de Pernambuco receberá pelo menos a primeira dose da vacina contra covid-19 até setembro, informou o secretário de Saúde do Estado, André Longo, em audiência pública realizada nessa terça-feira (29) pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Ainda segundo ele, se os lotes previstos de vacinas aterrissarem em solo pernambucano antes dos prazos pré-estabelecidos, o cronograma poderá ser adiantado. “Essa é a projeção se a entrega de vacinas ocorrer como se espera. Se houver aceleração, podemos antecipar esses prazos”, explicou.
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Também na audiência pública, que contou com a prestação de contas do Governo do Estado sobre as ações de combate à pandemia nos primeiros quatro meses de 2021, foi discutida a possibilidade de garçons e entregadores de comida terem prioridade na fila da vacinação. O deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) iniciou o debate, alegando que a imunização de tais profissionais protegeria não apenas os trabalhadores. “Isso não protegeria só eles, mas também os seus clientes. E seria importante para os entregadores, que são bem mais jovens e, por isso, ainda não foram vacinados”, argumentou.
Longo, no entanto, adiantou que a Secretaria não pode alterar as prioridades definidas pela câmara técnica do Plano Nacional de Imunização (PNI), vinculada ao Ministério da Saúde. “Os argumentos para priorizar essas categorias e outras, como os bancários, são bastante lógicos. Mas temos vários municípios respondendo a processos nos órgãos de controle por atender a categorias que não estavam no plano”.
Balanço da vacinação
Pernambuco recebeu do Ministério da Saúde o primeiro lote de vacinas contra o novo coronavírus em 18 de janeiro, e até esta terça-feira (29) já tinha aplicado 4.139.949 doses do imunizante. Desse total, 1.095.792 pernambucanos completaram seus esquemas vacinais, sendo 1.067.602 pessoas que foram vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses e outros 28.190 pernambucanos que foram contemplados com vacina aplicada em dose única (Janssen).
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Em relação às primeiras doses, foram feitas aplicações em 305.836 trabalhadores de saúde; 26.073 povos indígenas aldeados; 43.367 em comunidades quilombolas; 7.700 idosos em Instituições de Longa Permanência; 666.213 idosos de 60 a 69 anos; 602.957 idosos de 70 e mais; 1.554 pessoas com deficiência institucionalizadas; 385.973 pessoas com comorbidades; 29.154 pessoas com deficiência permanente; 54.191 gestantes e puérperas; 294.178 trabalhadores de serviços essenciais; 1.006 pessoas em situação de rua; 6.774 pessoas privadas de liberdade, além de 619.181 pessoas de 18 a 59 anos, contabilizando 3.044.157 aplicações.
Já em relação às segundas doses, foram beneficiados 220.488 trabalhadores de saúde; 25.702 povos indígenas aldeados; 9.218 em comunidades quilombolas; 5.771 idosos institucionalizados; 306.839 idosos de 60 a 69 anos; 491.193 idosos de 70 e mais; 1.181 pessoas com deficiência institucionalizadas; 1.739 pessoas com comorbidades; 5.471 trabalhadores de serviços essenciais; totalizando 1.067.602 pessoas.
Enquanto isso, 666 idosos de 60 a 69 anos; 73 idosos de 70 anos e mais; 190 pessoas com comorbidades; 27 pessoas com deficiência permanente; 4.155 trabalhadores de serviços essenciais; 15 pessoas em situação de rua, além de 23.064 pessoas de 18 a 59 anos receberam dose única da vacina.