Antes considerada de dose única, a vacina da Janssen contra a covid-19 agora também terá segunda aplicação, anunciou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (16). Quem recebeu a primeira dose (D1), pode tomar a segunda dose (D2) após dois meses. Já a dose de reforço, feita preferencialmente com a Pfizer, será aplicada cinco meses depois.
Ela começará a ser aplicada na próxima sexta-feira (19). "No início, a recomendação era que essa vacina fosse de dose única. Hoje, nós sabemos que é necessária essa proteção adicional. Então, esses que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante”, explicou o ministro Marcelo Queiroga.
Durante a coletiva de imprensa, ainda foi informada a liberação da dose de reforço para toda população acima de 18 anos. Até então, só pessoas acima de 60 anos ou imunossuprimidos podiam tomá-la. Ainda, a pasta informou que reduzirá o intervalo da dose de seis para cinco meses após o esquema vacinal completo.
"Agora, graças às informações que temos advindas dos estudos científicos, principalmente, estudos de efetividade, realizados em parceria com a Fiocruz e de um estudo que encomendados em parceria com a Universidade de Oxford para avaliar a aplicação da 3ª dose, que já temos dados preliminares, nós decidimos ampliar essa dose adicional, dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos que tenham tomado essa segunda dose há mais de 5 meses", afirmou Queiroga.
Mega Vacinação
Também foi divulgada a realização da campanha Mega Vacinação contra a covid-19, marcada para começar neste sábado, 20 de novembro, indo até o dia 26. O objetivo é completar o ciclo vacinal de adultos que estão com a 2ª dose ou com a de reforço atrasada, já que 21 milhões de pessoas ainda precisam completar o esquema, e o país tem menos de 59% da população totalmente imunizada.
"Muitos não procuraram as unidades de vacinação para tomar a segunda dose. É fundamental essa segunda dose para que se complete o esquema vacinal", disse o ministro.
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Segundo a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, pessoas na faixa entre 25 e 34 anos formam a maioria dos que ainda não compareceram para tomar a segunda dose. Analisando qual vacina as pessoas que não completaram o ciclo vacinal receberam, a secretária aventa a hipótese de que, além de outros fatores (como a dificuldade de encontrarem tempo para retornar ao posto de vacinação), as reações características de cada imunizante podem estar desestimulando algumas pessoas.
“Algumas [vacinas], de fato, trazem [causam] alguns efeitos adversos que passam em um ou dois dias. A população tem que estar consciente disso. Tem que estar alerta e saber que estes efeitos são esperados e acontecem”, comentou Rosana, destacando que, junto com as recomendações de uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos frequente e adequada, a vacinação vem proporcionando a redução do número de casos graves da doença e, consequentemente, das internações e mortes.