O governo de Pernambuco detalhou, em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (19), a determinação de liberar o uso de máscaras em ambientes fechados no Estado. Também foi anunciada a desobrigação de apresentação do comprovante vacinal nos ambientes e eventos realizados em espaços abertos.
As medidas entram em vigor a partir da quarta-feira (20).
O passaporte vacinal, porém, continuará sendo exigido para acesso a bares, restaurantes e eventos localizados em ambientes fechados.
O secretário Estadual de Saúde, André Longo, explicou que as novas medidas foram tomadas com base nos indicadores da doença, que apontam uma taxa de positividade de 0,7% na última semana e que, há seis semanas consecutivas, têm se mantido abaixo de 3%. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma taxa de positividade inferior a 5% é um indicador de que a transmissão está sob controle.
"Além disso, nas últimas cinco semanas, temos registrado menos de 60 casos graves de covid-19 e, por 12 dias, não temos mortes pela doença”, informou Longo. O último óbito em decorrência da infecção foi confirmado no dia 6 de abril.
Também durante a coletiva de imprensa, a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Sidia Haiut, reforçou a necessidade de se manter os cuidados e a atenção máxima no cumprimento dos protocolos. "Esta é uma fase essencial para que o governo consiga manter o suporte na saúde e que a economia não precise sofrer novas restrições", enfatizou Sidia.
O uso de máscaras permanece obrigatório nos serviços de saúde, farmácias e nos transportes coletivos, onde o item será exigido apenas dentro do veículo. Nos demais serviços de transportes, como táxis e carros de aplicativo, o uso da máscara é facultativo. Nas escolas de ensino infantil (a partir dos três anos de idade), fundamental e médio, a utilização segue obrigatória.
Cobertura vacinal
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a cobertura vacinal entre os jovens de 12 a 17 anos, está em 73% para a primeira dose e de 54% na segunda. Já entre as crianças de 5 a 11 anos, as coberturas estão em 52% para a primeira aplicação e de apenas 15% na segunda.
"Ainda estamos passando por nosso período de sazonalidade. E apesar da baixa positividade para covid-19, outras enfermidades, até mais graves para as crianças, estão circulando, como metapneumovírus, rinovírus e adenovírus", ressaltou André Longo. "Além de proteger do coronavírus, as máscaras são efetivas para evitar a contaminação por essas e mais outras doenças", acrescentou o secretário, ao salientar que a decisão sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras nas faculdades e universidades públicas e privadas fica a cargo da direção de cada instituição.
A quem se recomenda o uso de máscaras?
O secretário alertou ainda que, mesmo com a desobrigação, o uso de máscaras ainda é fortemente recomendado para pessoas com sintomas gripais, pacientes imunossuprimidos e idosos, especialmente os que ainda não tomaram as doses de reforço da vacina.
A utilização do item de proteção também é pertinente para qualquer pessoa onde houver aglomeração. Para André Longo, mesmo com um cenário favorável, ainda há circulação do vírus no Estado, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a classificar como pandemia a emergência em saúde provocada pela covid-19.
"Além das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, cujas coberturas estão aquém do desejável, 245 mil pessoas com mais de 60 anos ainda não tomaram a primeira dose de reforço, que é essencial para alavancar a proteção da vacina. Também precisamos lembrar que os idosos que tomaram a terceira dose há mais de quatro meses precisam receber a quarta dose", complementou o secretário.